Racismo x Esporte
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O dia de ontem, 20 de novembro, marcou mais uma data simbólica de reflexão sobre a vida dos negros no Brasil. A data escolhida por se tratar do dia de Zumbi, líder da resistência do Quilombo de Palmares, foi emboscado e morto em 1865. Indiscutivelmente a vida dos negros melhorou significativamente ao longo de todos esses anos. Porém, longe do ideal, principalmente se comparado aos não negros. Se não estamos mais acorrentados e não apanhamos mais amarrados ao tronco, sofremos muito ainda com o RACISMO E O PRECONCEITO. No futebol não é diferente. As histórias são muitas. Basta ver quantas vezes Vinícius Jr. sofreu agressões na Espanha. Em solo brasileiro, vimos o caso do goleiro Aranha, do ex-jogador Tinga, e tantos outros. O racismo é um crime tão horrível e escancarado, que o agressor racista, não enxerga como um crime. Um dos argumentos mais canalhas, é “não sou racista, tenho amigos pretos”. O racismo no futebol é apenas um reflexo da sociedade. Nos estádios, potencializados pela falsa sensação que se trata de um lugar onde tudo é permitido.
Vasquinho das Copas
Que o Vasquinho de Cachoeira Alegre, distrito de Sapucaia, é um dos grandes campeões da Copa Distrital de Caratinga, todo mundo sabe. Porém, muitas pessoas não sabem que o Vasquinho também já conquistou o título na Copa da vizinha cidade de Bom Jesus do Galho. Aliás, um não. O clube é tetracampeão da competição. Isso só foi possível, porque o Córrego de Cachoeira Alegre, por muitos anos, geograficamente fez parte por muito anos do município de Bom Jesus do Galho. Apenas no começo dos anos 2000, o Córrego passou a fazer parte de Sapucaia, distrito de Caratinga.
E uma das histórias mais interessantes foi na primeira edição da Distrital de Bom Jesus do Galho, em 1989, quando o Vasquinho conquistou o título. A fase semifinal seria jogada na sede do distrito. Então, um jogador do Independente, que seria adversário do Vasquinho, disse: “Quero ver o Vasquinho jogar em campo grande, estão acostumados com campos pequenos. Aqui será diferente”. Resultado, 4 a 0 para o Vasquinho, fora o baile. Um dos jogadores do Independente, que era policial, ficou tão nervoso com placar, que começou a se alterar em campo. Diante da situação, o árbitro foi até o banco de reservas e sugeriu uma substituição, caso contrário, teria que expulsá-lo.
Essa semana, o desportista Felipe Alvim, que faz um ótimo trabalho em Bom Jesus, recordou nas redes sociais um pouco da gloriosa história do Vasquinho de Cachoeira Alegre.
Rogério Silva
@roferiosilva89fm