AABB CUP: Vai ser jogão!
A expectativa é enorme para um novo encontro entre Santa Cruz e Santa Bárbara valendo o título da AABB CUP. A partida do último domingo que acabou empatada em 1 a 1, serviu de uma pequena prévia do que teremos no domingo pela manhã do dia 12 de Setembro no estádio Dr. Maninho. As duas melhores equipes da competição prometem uma final digna de dois elencos fortes, e times campeões regionais. Jogadores experientes e muito talento dos dois lados, sem falar nos bancos comandados por técnicos e auxiliares que também ostentam títulos dos tempos de jogadores. Fora de campo, o show deve ficar por conta de duas torcidas apaixonadas e vibrantes. Porém, a torcida azul e branco do Tubarão tem se mostrado mais presente. Além disso, o time conta com o apoio de uma cidade inteira que certamente aguarda por mais esse título. Do lado do Gorila, a esperança de diretoria, jogadores e comissão técnica, é que a torcida compareça em maior número para a festa ficar completa. Portanto, esse novo encontro, tem todos os ingredientes para ser um jogão.
AABB CUP II: Polêmica de arbitragem esquentou o clima
Ao contrário do jargão usado pelo ex-árbitro e comentarista Arnaldo Cézar Coelho, que dizia: “A regra é clara”, cada dia que assistimos futebol, constatamos que de clara ás 17 regras não tem nada. Somando-se a elas as chamadas “recomendações”, a coisa fica ainda mais confusa e muitas vezes sem critérios definidos em sua aplicação. Isso tudo acontece porque a maioria das regras e recomendações, levam em conta a interpretação de quem esta no comando da arbitragem. Entretanto, para que não haja tanta disparidade numa mesma competição em relação a interpretações, é importante que a arbitragem esteja alinhada, que tenha preparo físico, psicológico, e principalmente que se mantenha sempre atualizada.
O Santa Bárbara saiu reclamando de dois lances que foram cruciais para o resultado de empate domingo passado. O pênalti a favor do Santa Cruz, quando seu zagueiro tocou com a mão na bola numa queda. O árbitro entendeu como mão na bola e marcou a penalidade, o que causou a revolta de jogadores, torcida e banco do Tubarão. Por outro lado, reclamaram muito por um lance onde o zagueiro do Santa Cruz cortou a trajetória da bola com o braço dentro da área, e o árbitro não marcou a penalidade.
A IFAB, órgão que regula as regras do futebol, anunciou março de 2020 em reunião anual, que vai alterou a regra sobre mão na bola. As novas medidas passaram a valer a partir de 1º de julho. A principal mudança diz que um toque acidental na mão ou no braço que leva um companheiro de equipe a marcar um gol ou a ter a oportunidade de fazer um gol não será mais considerado uma infração. Os membros do órgão confirmaram que nem todo toque na mão ou braço de um jogador com a bola é uma infração. “Em termos do critério da mão ou do braço tornar o corpo de um jogador ‘anormalmente maior’, foi confirmado que os árbitros devem continuar a usar seu julgamento para determinar a validade da posição da mão ou do braço em relação ao movimento do jogador naquela situação específica”, diz a IFAB, em nota. Desta forma, é uma infração de mão na bola se um jogador: tocar a bola deliberadamente com a mão ou braço, por exemplo, movendo a mão ou o braço em direção à bola; tocar a bola com a mão ou com o braço quando isso torna seu corpo anormalmente maior. Considera-se que um jogador deixou seu corpo anormalmente maior quando a posição de sua mão ou braço não é uma consequência do movimento corporal do jogador para aquela situação específica. Por ter sua mão ou braço em tal posição, o jogador corre o risco de sua mão ou braço ser atingido pela bola e ser penalizado; marcar um gol diretamente da mão ou do braço, mesmo que acidental, inclusive pelo goleiro.
Posto isto, na minha humilde opinião, depois de receber vários vídeos do jogo, e alguns prints, digo que no mínimo faltou critério ao árbitro do jogo, diga-se de passagem, elogiado por mim na coluna de terça-feira. Se no entendimento dele o lance na área do Tubarão foi pênalti, usando o mesmo critério, o lance na área do Gorila também deveria ter sido. Porém, sempre bom ressaltar que apesar de todas as recomendações, a nota da IFAB, continua dando ao homem do apito, o poder da interpretação. Não acredito que exista má fé, má vontade com o Santa Bárbara, tampouco uma intenção deliberada de prejudicar o time. Afinal, não consigo encontrar nenhum motivo plausível pra isso. A não ser que alguém tenha alguma prova que deponha contra a honestidade do trio de arbitragem, neste caso, para o bem do futebol amador, prestará um grande serviço em apresenta-las. Não existindo, tais provas de desonestidade de quem apita, continuarei tratando essas incoerências, como, falta de critérios, desatualização de conhecimento das regras, ou simplesmente interpretação diferente em cada lance, oque no meu entendimento, se configura num risco enorme para o bom andamento dos jogos. Isso não dá a ninguém o direito de ameaçar ou tentar agredir quem apita. Afinal, por mais que sejamos apaixonados por esse jogo, por mais que estejamos envolvidos e trabalhando com seriedade, trata-se de futebol, a coisa mais importante, depois de todas as outras.
Rogério Silva
@rogeriosilva89fm