Qual é a grande Vantagem?
Declaramos aqui na Faculdade de Teologia que este é o mês das VOCAÇÕES!
É compreensível que, para muitos, esta palavra não faça muito sentido, ou que ela tenha um sentido ‘embrulhado’ com decepções pessoais bem como com lembranças traumáticas, sobre acontecimentos, ou mesmo só de notícias a respeito de exageros e de escândalos.
Mas queremos ser sobretudo positivos nesta reflexão semanal.
Assim, ao ser perguntado sobre qual é a “vantagem” de quem segue uma vocação, minha resposta é simples: – Sempre achei – nesses 49 anos de ministério – que a maior vantagem sobre todas as outras profissões é o fato de que para nós, muito mais do que para os outros ‘filhos de Deus’, as promessas do nosso Pai Celeste estão sempre bastante presentes, na verdade, que nos é talvez mais difícil esquecer delas.
O que quis dizer com isso?
Em todas as profissões existem dificuldades. Mas a verdade é que o nosso Criador está interessado em cada uma de suas criaturas. Todos podemos vir a Ele por ajuda. O problema maior é que o homem esquece ou acha humilhante contar com “a ajuda de Deus”. Muitos dizem, – Não, eu é que criei este problema, é eu quem deve resolvê-lo!
Só que muitas vezes, ao invés de melhorarmos a situação, complicamos mais ao agirmos sozinhos – porque agimos do ‘nosso’ jeito, e talvez por causa da pouca sensibilidade social que temos, acabamos por despertar um bando de ‘lobos’ ferozes, prontos a nos devorar.
No caso do vocacionado é diferente. Ele sabe que o seu Chefe é realmente alguém que está acima da maior autoridade neste mundo, e que Ele tem o controle sobre todas as situações e coisas. Assim, em momentos de apuros, ao invés de reagir metendo os pés pelas mãos, pode chegar a Ele, e receber sabedoria, força, paciência, esperança e todos os sentimentos necessários para enfrentar qualquer situação e sair vencedor. Ou, pelo menos, com um plano para tocar o barco para frente…
Um estudioso da Bíblia contou certo dia esta história antiga: “Um homem caminhava pela estrada carregando um pesado fardo sobre o ombro. Passou um amigo de carro e lhe ofereceu carona, o que ele aceitou com satisfação. Só que, agora sentado, ele ainda carregava o fardo no ombro. Intrigado o amigo perguntou por que não colocava o fardo no chão do veículo. A resposta foi: Já não basta você me carregar? Ainda teria que carregar também meu embrulho?”
Ninguém em seu juízo normal questionaria que a Terra nos “carrega” à medida que viaja no espaço. Sabemos que ela é redonda e tem um movimento de rotação. Entretanto, não estranhamos que não sejamos jogados ao espaço em virtude deste movimento, pois “conhecemos” a lei da gravidade.
Nos domínios da psiquê e do espírito também existe uma “lei da gravidade”: O Todo-Poderoso é a “Rocha de nossas vidas”, como O chamamos quando oramos: Tu és Firme e Confiável, oh Deus, Rocha minha, pois foste Tu Quem criou a Terra e a gravidade!
Sim, o Todo-Poderoso, de fato, “nos carrega” em cada minuto de nossas vidas. Ele nos fornece o ar que respiramos e a água que bebemos; acima de tudo, Ele nos deu nossa própria existência neste extraordinário mundo em que vivemos. Quão estranho é o fato de não duvidarmos de Sua criação e provisão – até de nossas vidas – mas não conseguirmos deixar com Ele nossa pequena trouxa de problemas.
Esta é, enfim, a moral desta parábola: O ser humano, tu que estás aflito, escuta: Se a carruagem divina te conduz, ela também levará teu fardo. Confia teus problemas ao Todo-Poderoso; aceita o fardo de “buscá-Lo enquanto se pode achá-Lo”, de buscar a vontade dEle para todos os teus caminhos. Ele te alimentará e te protegerá em tudo.
Hoje, na época quando a existência virtual está debutando em nosso meio, a necessidade por VOCACIONADOS não tem diminuído. Muito pelo contrário. O homem atual, com todos os seus gadgets e novas descobertas, ainda precisa de Deus, para achar sentido para sua vida cheia de realizações e muito corre-corre.
Não importa sua origem, sua cultura – se é europeu, americano ou se veio de um país do mundo em desenvolvimento, como o Brasil, Nigéria ou Indonésia. Sempre haverá momentos em que as mesmas perguntas essenciais serão levantadas: – Por que estou aqui? – De onde vim? – Para onde vou?
E este é, então, o momento do Vocacionado, para mostrar, primeiro com sua vida e seus propósitos, o porquê da existência humana.
Você está em dúvida do seu chamado? Você não sabe se é vocacionado? Convido você para uma conversa sem compromissos, amigável e que será para o seu bem. Sim, o campo é vasto para todos aqueles que querem dedicar suas vidas para o sagrado ofício de colocar a vontade do Criador em primeiro lugar, e servir ao seu próximo.
Sempre desejei que todos meus filhos, netos, parentes, amigos – de alguma forma consciente, mesmo que seja informal – assumam a sua VOCAÇÃO. E toda vez que os vejo servindo a Deus de alguma forma consciente, meu coração de vocacionado se alegra demais.
No fundo creio que todos são vocacionados. Meu pai, como carpinteiro-marcineiro, exerceu seu sacerdócio ao próximo não somente em sua marcenaria, mas aonde quer que fosse, e também, no meio de sua comunidade de crentes.
Assim, em princípio, não estou me referindo a uma carreira religiosa. Mas faço uma conclamação a todos para viver uma vida de dedicação ao Criador, desfrutando da proximidade dEle em toda a sua vida, e em todos os aspectos dela.
Afinal, é a extraordinária vantagem a qual me referi acima…
Rev. Rudi Kruger – Diretor
Faculdade Uriel de Almeida Leitão