Direto do túnel do tempo
Há exatos 21 anos foi disputada a última Copa Oeste da história. Uma criação do então vereador Odiel de Souza em 1994. A competição tinha a coordenação do saudoso Nelson Souza, em 1996 contou com um trio de peso: Élio do Carmo, Jota Baranda e Geraldão Maia, os dois últimos também de saudosa memória. Com a participação de 12 equipes, a Copa era vista como uma prévia da Copa Distrital. Bom lembrar que na ocasião não eram promovidos os campeonatos da LCD.
Dom Modesto e Santa Efigênia chegaram a grande decisão marcada para o estádio Beira Rio, campo do Bairro das Graças, (destruído na grande enchente de 2003). Para muita gente, o Santa Efigênia era apontado com um certo favoritismo. Afinal, Alex, Damiano, Julinho, Tetano, Luizinho são apenas alguns dos nomes que formavam o timaço alviverde comando pelo saudoso Dr. Juvercino. Do outro lado, o Camelo de Dom Modesto também contava com uma ótima equipe comandada fora de campo pelo também policial civil Jovino Lopes. Com tal cenário, a previsão de uma grande decisão não era exagero. Quando a bola rolou naquele domingo, 14 de julho, o time alvirrubro foi mais organizado, soube anular bem as principais jogadas do Palmeiras Santa Efigênia. Além disso, contava com o faro de gols do artilheiro Tom que marcou duas vezes e decretou a vitória e a conquista do Dom Modesto por 2 a 1. Essa foi a última vez que assinei súmula de uma competição oficial. Afinal, havia seis meses que fazia parte do quadro de funcionários do Grupo Sistec. Mudei de lado e não me arrependi. Infelizmente foi também a última edição da Copa Oeste. Time Campeão: Rogério, Aroldo, Sidney, Fernando Bocão, Didi, Neguinho, Heraldo, Diego, Hudson, Tom e Beto.
Mineiros: Poderia ter sido melhor
A rodada poderia ter sido muito melhor para os três grandes de Minas. Só não foi por conta da desatenção do América que depois de estar vencendo o Paraná fora de casa, permitiu o empate paranaense, e o Atlético que estava vencendo fora de casa. Usou a força do elenco pra bater o Botafogo no Rio de Janeiro até os acréscimos. Mesmo com Fred e Cazares iniciando o jogo no banco, o Galo soube ter o controle do jogo e teve até mesmo chance de ampliar não fosse a grande noite do goleiro Jeferson. Ao final, foi punido com a marcação de um pênalti contestável. O resultado de 1 a 1 foi amargo pra quem já estava contabilizando mais três pontos. Nesta quarta, a chance de subir na tabela passa por uma vitória em casa contra o Santos.
O Cruzeiro cumpriu a promessa do técnico Mano Menezes de não levar três gols do Palmeiras. A escalação de três volantes e ainda mais um improvisado na lateral direita, mostrava toda a precaução do treinador. Uma atitude óbvia pra quem já tem uma tendência a cautela. Bom para o cruzeirense que a estratégia deu certo. A Raposa teve menos posse de bola, finalizou menos, mas foi mais eficiente. Resultado que dará uma tranquilidade pelo menos até quarta-feira, contra o Atlético PR.
São Januário: Lamentável
A vitória Rubro Negra diante do Vasco em São Januário infelizmente ficou em segundo plano. As cenas de selvageria de maus torcedores vascaínos depois do apito final mancharam o que era pra ser mais um grande clássico. A principal pergunta é: Tem solução? Na minha humilde opinião, sim. Basta ter punição exemplar pra vândalos como esses que prejudicaram o próprio clube que dizem amar tanto. Porém, o próprio clube também tem sua parcela considerável de responsabilidade nesse tipo de acontecimento. Muitas das vezes financiam torcidas organizadas que se acham mais torcedores que os outros. Entretanto, não acredito que teremos soluções rápidas. Os nossos governantes já provaram inúmeras vezes toda a incompetência do mundo.
Rogério Silva
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