* Camila Beltrame de Souza Caldeira
O que seria do homem se não houvesse possibilidades de escolha. Lendo um pouco sobre o assunto, encontrei no dicionário Aurélio por definição de Escolha, (substantivo feminino): 1. ato ou efeito de escolher. 2. preferência que se dá a alguma coisa que se encontra entre outras; predileção. Ligada a sentidos distintos como seleção, eleição, alternativa, discernimento, preferência, cada uma dessas com seus vários sinônimos.
A escolha, também conhecida como livre arbítrio, denota a vontade de escolher livremente, pela vontade humana. Escolhas que abrangem próprios desejos, crenças, ações que beneficiam ou não o próprio agente. E em qualquer setor que a palavra esteja envolvida, está diretamente relacionada a fatores filosóficos, morais, psicológicos, científicos e religiosos.
O que sabemos de forma concreta é que toda escolha é resultado de um processo mental que envolve julgamentos e opiniões para gerar uma determinada ação.
A maioria de nós considera a presença de múltiplas alternativas uma coisa boa, embora lembremos que toda escolha é capaz de gerar angústia, aflição, confusão, remorsos, principalmente quando esta é limitada ou restrita, levando em alguns casos ao desconforto com a opção feita ou o resultado não desejado.
O que vemos desde o nascimento é a necessidade de fazermos escolhas que levam à construção pessoal, sendo positivas ou não. Sofrendo influência do meio em que vivemos, das pessoas com quem convivemos e das possibilidades existentes.
Aprendemos a escolher o tipo de roupa, o estilo musical, os sabores gastronômicos, os políticos que queremos eleger – mesmo que nos decepcionem e causem remorsos – o que ser quando crescer, o par ideal para uma vida toda, ter filhos ou não, qual viagem fazer, onde vou trabalhar, qual carro vou comprar…
Afinal, o que de verdade tenho que saber para tomar decisões acertadas, ou fazer escolhas ideais?
Essa é a pergunta que quase todo mundo já deve ter feito a si mesmo. A resposta? Bem, gostaria de tê-la. Ultimamente com tanta escolha a ser feita, tenho levado em conta aquilo que tenho de valor para minha vida. Abrir mão de certas coisas por outras mais importantes podem sim gerar conflito, remorso, tristeza – porque não!? Mas tenho comigo que o mais importante de tudo, é andar de forma íntegra, com a cabeça erguida, o peito estufado para dizer que a escolha feita foi a mais acertada. Não espero que todos entendam e concordem com as minhas escolhas e decisões, temos que lembrar que nem Jesus Cristo conseguiu fazer com que todos compartilhassem de Suas ideias. Mas o que realmente merece ser lembrado é que a vida da gente deve ser vivida pela gente, com os nossos valores, com as nossas decisões, com os nossos conceitos; e através disso ter a certeza de que você fez a melhor escolha para aquele momento da sua vida. Dizem que para sabermos se fizemos ou não a escolha certa devemos olhar para o coração – que na escolha acertada o mesmo fica em paz. Já eu, tenho pensando cada vez mais que a escolha acertada é aquela em que você combina o seu coração com a razão, afinal, se o coração é “cego, surdo, e louco” ele precisa de alguém para direcioná-lo, não é?
O poder da escolha é algo parecido com um caderno de desenho em branco – sempre gostei de cores! As escolhas que fazemos são as responsáveis pelos desenhos. Quer muitos desenhos, coloridos diferentes, diversifiquem suas escolhas. Se de repente o desenho não ficar como gostaria, use a borracha, ou vire a página para fazer um resultado final diferente que pode surpreender – inclusive a você mesmo. Bom ânimo, muita disposição, motivação, alto astral, entusiasmo, coragem, persistência, humildade, fé, bondade, altruísmo e carisma – chaves para boas escolhas! Eu tenho escolhido dar o meu melhor em tudo e você? Façamos as nossas diariamente!!!
* Camila Beltrame de Souza Caldeira
Coordenadora do Curso de Pós Graduação Lato Sensu da UNEC. Médica, Fisioterapeuta, Profª do Centro Universitário de Caratinga. Especialista em Fisioterapia Cardiopulmonar pela UNAERP – Ribeirão Preto – SP.