Um Autor Desacreditado Que Se Recupera-1
A Passagem Pelo Mar Vermelho
Ler e acreditar num autor desacreditado é se enganar a si mesmo, não é? Principalmente quando o assunto é história: história de um povo, de uma cultura. Por outro lado, e muito pior, é acreditar em histórias mal fundamentadas.
Os pesquisadores do passado, da História, nos últimos 150-200 anos, empregando todos os seus conhecimentos “científicos”, afirmavam categoricamente que seria impossível ter acontecido a PASSAGEM pelo Mar Vermelho. Que aquilo que lemos na Bíblia era a descrição poética, fruto da imaginação de um povo sofrido, e de líderes que de qualquer maneira, queriam trazer ânimo a seu povo.
A Bíblia foi sendo desacreditada, e muitos leitores sinceros deixaram de lê-la, ou mesmo, de crer nas palavras ali lavradas.
Pessoalmente posso reconhecer quando isso aconteceu na minha vida como estudante da Bíblia: eu tinha talvez 12-13 anos de idade quando fui ao meu líder espiritual com este problema: – Pastor, devo crer em quem: na Ciência ou na Bíblia?
A resposta que recebi não me satisfez, e mesmo com essa dúvida, que ia crescendo à medida que eu estudava, decidi ir ao Seminário e, depois, na Escola de Teologia. Recebi o diploma, e fui assumir meu primeiro pastorado numa igreja grande, numa capital europeia, onde liderei e aconselhei a muitos fiéis, e, entre eles, muitos jovens. Lá, entretanto, já nem se fazia mais tais perguntas “ingênuas” sobre a Bíblia: as afirmações da “ciência” já tinham se tornado parte da bagagem popular: nosso Livro Sagrado contém muitos dados (informações) e contos completamente inaceitáveis.
Naquele tempo eu estava com 30 anos, era casado – mas comecei a me preparar para sair da vida eclesiástica com a qual sonhara desde menino.
Por meio de circunstâncias diversas, tive um novo alento e me pus a ler a Bíblia de novo – e li também vários livros de cientistas, pesquisadores que usavam os métodos mais atualizados de pesquisa, sobre os assuntos bíblicos mais controversos, inclusive sobre a miraculosa passagem pelo Mar Vermelho.
Fiquei tão animado no assunto que “esqueci” do plano no. 2: de sair do ministério, e, ao voltar ao Brasil um ano depois, continuei no pastoreio e direção de igrejas.
Contudo, havia algo novo: agora eu estava apto a dar palestras sobre diversos temas da Bíblia que a “Ciência” contestava.
Lembro-me muito bem de um debate numa universidade brasileira sobre Evolucionismo vs. Criacionismo, no qual um cientista (paleontólogo) apresentou e defendeu a primeira opção, e eu, a segunda. No final, o colega cientista dirigiu-se a mim e parabenizou: – Pastor, foi a primeira vez que ouvi argumentos científicos sobre a Criação!
Já se passaram outros 40 anos, e hoje, posso afirmar com muita alegria e satisfação que a Ciência avançou muito e que a Bíblia está sendo “restaurada” – isto é, o Autor dela, Deus, está voltando a ser reconhecido como fidedigno. (Não podemos ignorar que a igreja cristã sob a batuta de seus doutores, fez interpretações bíblicas errôneas, que ocasionaram vários enganos e, até crimes, com interpretações bíblicas tremendamente errôneas!)
Voltando à travessia do Mar Vermelho: A história da saída do povo de Israel do Egito, atravessando o Mar Vermelho, é um exemplo empolgante da recuperação de quem estava desacreditado. Você acredita que foram encontrados vestígios óbvios desse acontecimento histórico há 3.400-3.500 anos?
Onde?
No lugar indicado pela Bíblia: no fundo dessa parte Oceano Índico chamado de “Mar Vermelho”. Ao ver um documentário sobre o assunto, lembrei de novo de como é importante estarmos atentos no que acreditamos, e mais ainda, nas nossas dúvidas.
Sugiro a você, caro leitor, que veja esse programa que você mesmo pode acessar: The Exodus Revealed (O Êxodo Revelado), um filme sobre um trek (longa e árdua jornada) bíblico fascinante do Êxodo dos Israelitas da terra de Gósen até o Monte Sinai.
Na próxima semana trarei detalhes que este documentário revelou.
Sugiro também que você gaste algumas horas vendo e analisando os argumentos nele apresentados. Claro, você precisa do texto bíblico ao lado, em Êxodo 14.15-31.
Uma coisa é certa: A Ciência está mudando de ideia. Algo extraordinário ocorreu ali naquela passagem do Mar Vermelho. Os vestígios – de 3.400 anos – cobertos de corais, apontam para a veracidade da destruição de um exército egípcio!
É tempo de acreditar de novo: as narrativas bíblicas não são fruto de imaginação humana. Graças a Deus que Ele está revelando isso! Pare um instante e pense nisso…
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, FUAL – Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – UniDoctum
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