A delegada explica que a intenção é realizar um trabalho de integração, que envolva também a sociedade
CARATINGA – A delegada Luzinete Maria de Sá já responde pela da 2ª Delegacia Regional de Polícia Civil de Caratinga. Na edição do último dia 6, do Diário Oficial de Minas Gerais, foi publicado ato do Chefe de Polícia nº 65.529 designando-a para o cargo.
Natural de Inhapim, 46 anos, é casada com um investigador de Polícia e tem dois filhos. Luzinete formou-se na Faculdade de Direito do Vale do Rio Doce em 1992, tendo ingressado na Polícia Civil em 1995, exercendo cargos nas cidades de Aimorés, Itanhomi, Tarumirim e Governador Valadares, onde inaugurou. Foi delegada titular da Delegacia de Atendimento a Mulher. Também ocupou a função de delegada-adjunta e depois foi designada para exercer o cargo de delegada regional de Polícia Civil em
Segundo Luzinete, assumir a Delegacia de Caratinga representa mais uma quebra de paradigmas
Governador Valadares.
Na tarde de ontem, a delegada foi oficialmente apresentada à equipe da Polícia de Caratinga, em cerimônia que contou com a presença do chefe do 12° Departamento de Polícia Civil (sede em Ipatinga), Gilberto Simões de Melo.
De acordo com Gilberto Simões, a expectativa é de um trabalho satisfatório com a chegada de Luzinete. “A doutora Luzinete é uma conhecida antiga, delegada experiente, trabalhou em diversas comarcas, ou seja, o cabedal dela é muito grande para trabalhar em qualquer delegacia regional e é isso que a gente espera dela”.
Delegada pretende usar larga experiência a favor de Caratinga
Gilberto, que já atuou na regional de Caratinga, afirma que desde que assumiu o Departamento de Ipatinga não havia feito uma visita formal aos policiais de Caratinga. Para ele, o momento ainda foi de interagir e buscar estratégias. “Trazer propostas, ouvir os anseios dos policiais, suas ideias, as boas práticas de outras regionais. E levar também de Caratinga, que tem bons policiais e tem muito a oferecer a outras regionais”.
QUEBRANDO PARADIGMAS
Segundo Luzinete, assumir a Delegacia de Caratinga representa mais uma quebra de paradigmas. Desafio que a motiva e inspira. “Para mim foi uma honra representar as mulheres, sobretudo em Governador Valadares, e agora aqui em Caratinga, haja vista que nós mulheres somos tão competentes quanto os homens. Por ser natural da cidade de Inhapim, sinto-me honrada por representá-la, no contexto aqui de Caratinga, que é uma regional que engloba ainda outras três municípios, Bom Jesus do Galho, Raul Soares e Ipanema”.
A delegada explica que a intenção é realizar um trabalho de integração, que envolva também a sociedade, que além de contribuir com os trabalhos da Polícia Civil, será a maior beneficiada com ações da Delegacia. “Pretendo dar continuidade aos bons trabalhos que o doutor Silvio vinha fazendo, assim como o doutor Welington. Vou me inteirar com os colegas investigadores, delegados, escrivães, peritos e médicos legistas. E conto com o apoio da população e da imprensa para me passar os problemas, para que possamos trabalhar sempre em prol da sociedade, em um todo”.
Luzinete foi a responsável pela criação da Delegacia de Mulheres de Governador Valadares, em dezembro de 2007. Caratinga já conta com esse serviço, que deverá ser ainda mais explorado a favor das mulheres, como explica a delegada. “É ali que a mulher tem o seu primeiro atendimento. A mulher não pode ser vitimizada por mais de uma vez, só de sofrer uma agressão, seja no domicílio ou qualquer lugar, por isso tem que ter essa delegacia. Acho válido, sobretudo, para a mulher não ficar como vítima por várias vezes”.
Além de trabalhar ativamente no combate à criminalidade, a intenção ainda é investir na estrutura da Delegacia de Caratinga, nos moldes de outras regionais, valorizando o trabalho dos policiais e oferecendo um ambiente mais favorável. “Pretendo tentar convênios com os municípios. A segurança pública é um direito de todos nós, entretanto, é um dever. Também vou tentar, através do Conselho Municipal de Segurança Pública de Caratinga (Consep), verbas junto ao poder judiciário e junto ao juizado criminal”.
