Ícaro Augusto Gonçalves, presidente da ACIC, frisa expansão e fortalecimento do setor em Caratinga
CARATINGA- Para falar sobre o potencial do comércio e empresas de Caratinga, a reportagem conversou com o presidente da Associação Comercial e Industrial de Caratinga (ACIC), Ícaro Augusto Gonçalves.
Ele destaca o que já tem dado certo na cidade e o que ainda pode ser feito para atrair mais investimentos.
Qual avaliação você faz do cenário comercial e industrial de Caratinga?
Caratinga tem sua grande força no comércio local. Força esta que garante à cidade subsistência e independência econômica em relação tanto à capital quanto a mão de obra externa. A Indústria por sua vez, tem seu espaço relevante, gozando de ótimas oportunidades pela força do agronegócio regional e pela localização estratégica do município às margens da BR-116.
Como a ACIC fomenta as empresas que investem em Caratinga?
A ACIC vive em prol do comércio do município de Caratinga e de seus associados, bem como de todos os frutos e riquezas que as empresas geram. Por meio da força que o associativismo gera, buscamos e propomos “soluções para problemas relacionados com o desenvolvimento da estrutura organizacional e funcional dos associados colaborando desta forma com o Governo e suas tomadas de decisões e medidas no que diz respeito ao desenvolvimento da classe empresarial e da estrutura socioeconômica geral”. Seja através de intermediações entre empresas, Estado e demais entidades; ou através da viabilização de capacitação das empresas, passando por todos os setores das mesmas, incluindo o próprio empresariado. Assim, vamos construindo um ambiente cada vez mais propício ao desenvolvimento.
O que ainda é necessário para Caratinga atrair investimentos?
Um mercado independente e consolidado é fundamental para atrair novos investidores. Estamos neste caminho: empresas que são referência em nosso estado têm se instalado em Caratinga nos últimos tempos e muitas outras, constantemente, realizam estudos de viabilidade por aqui. Gestão pública continuada e coesa, entidades representativas fortes e unidas, disponibilidade de recursos e mão de obra são fatores que sempre serão bem vindos aos olhos de investidores.
Como você analisa a expansão das empresas em Caratinga, para além do centro da cidade, construindo nos bairros e às margens da BR-116, por exemplo?
Este processo de descentralização das atividades comerciais é um fenômeno natural que toda cidade em processo de crescimento irá experienciar. Este processo possibilita que novos centros comerciais comecem a surgir e o desenvolvimento comece a atingir áreas que outrora eram desvalorizadas. Tudo isso colabora com a geração de riqueza e progresso.
Qual a força do micro e pequeno empreendedor em Caratinga?
Segundo informações do Sebrae, “no Brasil existem 6,4 milhões de estabelecimentos. Desse total, 99% são micro e pequenas empresas (MPE). As MPEs respondem por 52% dos empregos com carteira assinada no setor privado (16,1 milhões).” De acordo com o Portal do Empreendedor, no Brasil existem 3,7 milhões de MEI (dezembro/2013)”. Em Caratinga esta realidade não é diferente. O micro e pequeno empresário, o recém ingressado no empreendedorismo, os conhecidos “MEIs”, dentre outros, são a grande força que gira essa maravilhosa engrenagem que é a economia. As grandes empresas completam essa engrenagem que unida, torna qualquer economia robusta o suficiente para sustentar qualquer adversidade.
Qual avaliação você faz do Distrito Industrial de Caratinga? E em que ele pode ser melhorado?
Atualmente temos no DI de Caratinga uma atenção maior do poder público. Porém, quanto mais avançarmos em infraestrutura, teremos possibilidades ampliadas para este setor. É impossível, ou muito pouco provável encontrar grandes centros econômico e financeiros sem que ali esteja instalada uma grande indústria ou um complexo industrial forte, visto o seu papel fundamental dentro dos ciclos micro e macro econômicos.