CARATINGA- Após autorização da Prefeitura, nesta segunda-feira (27), as escolas do município ampliaram o recebimento de alunos de forma presencial, estando aptas a acolher 100% dos estudantes da Educação Básica, pré-escola, Ensino Fundamental e Ensino Médio.
Já a permissão da volta dos alunos do Ensino Infantil em sua totalidade passou a valer no dia 13 deste mês. Porém, o retorno continua sendo decisão facultativa dos pais ou responsáveis pelos alunos.
De acordo com a Secretaria de Saúde, a nova etapa foi possível devido à análise positiva dos dados epidemiológicos do município. Inclusive, desde o início do retorno das atividades através do modelo de ensino híbrido, não houve nenhuma suspensão de turma e de escola por casos de transmissão da covid-19.
A reportagem esteve na Escola Municipal Professora Maria do Carmo Ribeiro e acompanhou o primeiro dia da nova etapa de protocolos, que até então era realizada pelo regime de ensino híbrido.
A diretora Sandra Helena de Souza e Silva explica que a expectativa é que aos poucos os estudantes retornem à sala de aula. “Ainda não temos 100% dos alunos porque começou agora, creio que alguns pais aguardam para ver como vai ser, mas, já vieram mais crianças. Estamos muito otimistas, graças a Deus o retorno presencial, mesmo que híbrido, gradativo, foi muito positivo tanto para os alunos quanto para a escola. Acredito que virão todos”.
A diretora afirma que a escola tem seguido todos os protocolos necessários para o enfrentamento da doença e segurança de alunos e professores. “Todos os cuidados que nos foram recomendados estão sendo tomados, álcool em gel, distanciamento, máscara, aferição de temperatura na entrada, têm sido averiguados o tempo todo. Além de observar se a criança não está com coriza ou algum tipo de sintoma gripal, para termos tranquilidade”.
Para os pais que ainda não se sentirem seguros para retorno das crianças, os estudos seguem de forma online. “É facultativo, os pais que não desejarem que seus filhos retornem podem pegar o PET e continuar fazendo online. Os professores continuam postando as aulas, dando as explicações, atendendo a essa família que optar por ficar em casa”.
Sandra faz um balanço de como tem sido a adesão dos pais para as aulas presenciais, que têm avançado as etapas conforme a melhoria dos indicadores da covid-19. “Os pais que assinaram tínhamos a média de nove alunos por sala, 144 alunos já estavam presentes, em forma híbrida, mas, já estavam frequentando. Hoje (ontem) uma porcentagem ainda pequena está voltando, mas, acredito que um 50 já retornaram. São 16 salas no total da escola, com o noturno e até agora estão todas com movimento bem maior.
Ela incentiva que mais pais e/ou responsáveis assinem o termo de autorização do retorno dos estudantes, agora, de forma 100% presencial. “Faço a chamada para os pais, venham assinar, tragam suas crianças para a escola, o melhor lugar para aprender a matéria é aqui na escola junto com o professor. Sabíamos disso o tempo todo da pandemia, mas, não poderíamos tomar outra atitude. Dá tempo ainda, tragam seus filhos”.
A educadora ainda faz questão de citar que todas as providências estão sendo adotadas para o monitoramento dos alunos. “Além de todos os materiais como álcool e máscara, as secretarias de Saúde e Educação têm tratado com muita responsabilidade, por isso está dando certo. Não nos faltam materiais, profissionais capacitados e orientações para atender as nossas crianças. Isso aqui fica sem vida sem os alunos. É como um coração que voltasse a bater com esse retorno”.
Luiz Henrique de Oliveira, pai de uma aluna de seis anos, disse que está satisfeito com a retomada das aulas. “Acho ótimo o retorno, porque o estudo, a Educação é fundamental na vida. Com toda cautela é a coisa mais ideal que aconteceu. Minha filha já estava naquele sistema uma semana sim outra não, a escola seguindo os protocolos corretamente pedindo máscara, álcool em gel, distanciamento e medindo a temperatura das crianças”.
Ele cita as dificuldades do ensino remoto. “Às vezes o trabalho toma muito tempo dos pais e acaba não dando conta de fazer os PETs. E dentro de casa também as crianças não conseguem manter o foco, tem brinquedos e outras, então, acabam não desempenhando muito no estudo”.
Rita Luzia da Silva Nascimento também levou a sobrinha de oito anos e acredita no ensino presencial. “Importante para aprender mais, estudar. Agora já está mais seguro e ela gosta de estudar, tenho a tutela dela, ela não deve faltar a aula e aqui é o lugar de aprendizagem. Muito melhor que dentro de casa. A aula presencial é mais adequada, agora ela tem o professor com ela”.