UBAPORANGA – Na noite desta quarta-feira (20), o presidente da Câmara de Ubaporanga, Jorge Siqueira de Rezende, 35 anos, disse ter sido perseguido e atacado pelo prefeito Gilmar de Assis e mais duas pessoas. A Polícia Militar registrou a ocorrência e o caso está sendo apurado pela Polícia Civil.
A ACUSAÇÃO
O presidente disse que devido a uma denúncia, que fez contra o prefeito na Câmara durante essa semana, recebeu uma informação “que os dois irmãos do prefeito e mais dois caras estranhos haviam chegado do Rio de janeiro e era para ele ficar esperto”.
Jorge relatou que ao retornar da cidade de Inhapim evitou descer na porta de sua casa e resolveu circular no quarteirão, e que em certo ponto foi seguido pelo prefeito Gilmar. O presidente do legislativo disse que foi perseguido pelos irmãos do prefeito, mas conseguiu fugir, e em certo ponto o prefeito teria colidido contra seu carro com intenção de intimidá-lo.
Jorge disse que fugiu pela BR-116 e que próximo ao km 512, o prefeito teria efetuado várias disparos de arma de fogo. No local dos disparos foram localizados pela Polícia Militar dois cartuchos calibre 9 mm deflagrados. O veículo do político foi periciado na delegacia de Polícia Civil.
Ainda sobre o ocorrido, o presidente da Câmara comentou que esposa e os filhos foram retirados da casa onde moram pela Polícia Militar e encaminhados para local seguro, mas que a família está assustada. Jorge disse que está sob proteção policial e que iria ao Ministério Público apresentar denúncia contra o prefeito e pedir as providências cabíveis.
PREFEITO NEGA A ACUSAÇÃO
A reportagem do DIÁRIO DE CARATINGA conseguiu contato telefônico com o prefeito Gilmar na manhã desta quinta-feira (21). Ele negou as acusações feitas pelo presidente do legislativo de Ubaporanga.
Gilmar explicou que há alguns dias estava tentando falar com Jorge, por estar denegrindo sua imagem. “Esse vereador estava falando mal de mim, questão pessoal, e eu só queria conversar com ele. Liguei e não me atendeu, e por coincidência eu tinha saído pra comprar uns pneus e quando estava chegando, parei num bar onde meus irmãos que vieram pra ver meus pais estavam. O vereador passou e fui atrás dele pra conversar, quando parei atrás do carro dele acabei encostando”, explicou Gilmar.
O prefeito afirma que não houve perseguição na BR-116, como falou pelo vereador, e muito menos disparos de arma de fogo. “Não tenho arma de fogo, não efetuei disparos, e vou prestar os esclarecimentos que forem precisos à polícia”.
Na tarde de ontem, a imprensa recebeu a seguinte nota enviada pelo prefeito:
“Tendo em vista o que foi noticiado pelas mídias sociais sobre o fato ocorrido na data de ontem, no município de Ubaporanga, venho expor a verdade dos fatos: em nenhum momento houve ameaça ou represália pelas colocações, sem procedência, feitas pelo Presidente da Câmara dos Vereadores direcionadas a minha pessoa. No mesmo sentido, não houve perseguição, tiros ou ameaças de estancamento. Estarei à disposição das autoridades policiais para prestar quaisquer esclarecimentos, a fim de elucidar tal situação o mais breve possível. Em ano eleitoral, já passamos por denúncias que nunca foram provadas e essa é mais uma delas. Essa denúncia é mais uma tentativa de denegrir a imagem da gestão, que está realizando diversas melhorias para a população ubaporanguense”.