A pandemia do novo coronavírus parou o futebol ao redor do mundo, com poucas exceções, e comprometeu a situação financeira dos clubes. Muitos conseguiram negociar com os jogadores a redução salarial, mas o que vem preocupando também é a cada vez mais distante volta às atividades. Não é o momento para pensar em volta, claro, mas os dirigentes precisam encontrar alternativas para flexibilizar e controlar as finanças dos clubes em meio a tantos outros problemas.
Como não houve até o momento acordo coletivo para os clubes reduzirem os salários e ajudarem alguns funcionários do clube para que não aconteçam demissões em massa, Atlético-MG, Bahia, Ceará, Corinthians, Cruzeiro, Flamengo, Fluminense, Fortaleza, Grêmio, Internacional, Palmeiras, Santos e São Paulo entraram em acordo com jogadores e comissão técnica. Outros ainda não divulgaram o que ficou definido. Atlético-GO, Athlético, Goiás, Sport e Vasco ainda estão em fase de negociações com seus atletas e demais funcionários.
Apenas dois clubes bateram o martelo e não vão reduzir salários: Botafogo e Red Bull Bragantino. O clube carioca adotou a medida de diminuir a folha salarial liberando alguns jogadores que possuíam salários altos. O zagueiro Joel Carli, o lateral Marcinho e os meias Cícero e Gustavo Bochecha não deverão atuar pelo clube quando a bola voltar a rolar. Por outro lado, a equipe recém-promovida à elite do futebol brasileiro, agora sob os comandos da poderosa marca de energéticos Red Bull, alegou que tem condições de arcar com os salários dos jogadores mesmo durante a crise.
Matheus Soares