Secretaria de Saúde oficiou bombeiros militares para que encaminhem determinados casos diretamente para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, ao invés da UPA
CARATINGA– Na edição de ontem, o DIÁRIO DE CARATINGA trouxe reportagem sobre ofício encaminhado pela Secretaria de Saúde e assinado pela responsável pela pasta, Jacqueline Marli dos Santos, destinado ao 6º Pelotão de Bombeiros Militares, informando que os casos de urgência e emergência em situações que o paciente se encontre “baleado, esfaqueado, acidentado em estado grave, bem como vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto do miocárdio”, deverão ser encaminhados diretamente para o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora, tendo em vista que “pacientes pertinentes aos quadros acima citados necessitam de assistência médica imediata, o que dispensa, por ora, regulação via sistema”.
A Reportagem encaminhou alguns questionamentos a Prefeitura, que estava em recesso na última quarta-feira (14). Em resposta encaminhada à redação nesta quinta-feira (15), por meio de sua Assessoria de Comunicação, o executivo afirmou que a UPA continua atendendo de acordo com o Protocolo de Manchester os níveis amarelo, vermelho e laranja. Sobre a existência de um convênio com o Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA), a resposta foi de que há um “contrato, dentro da legalidade para atender o município”. O valor não foi informado.
O DIÁRIO ainda questionou qual seria a justificativa para que a UPA, inaugurada com o objetivo de ser a única porta de entrada para os pacientes, contando com a retaguarda hospitalar, recomendar que pacientes sejam destinados direto ao HNSA, sem passar pela Unidade de Pronto Atendimento. Segundo a Prefeitura, a medida foi adotada visando um desdobramento que tanto está associado a “agilidade de atendimento, quanto a pró-eficiência nele”.
“Não estamos com isso dizendo que não haja este tipo de atendimento na UPA, mas que uma vez que inserido o paciente no sistema de atendimento da UPA, os casos que carecem de transferência para o hospital só podem ser transferidos via sistema de regulação, e esse sistema é dependente de vagas no próprio sistema, de modo que não havendo vagas, não há como haver a transferência. O hospital, no entanto, mesmo sem vaga no sistema não pode negar atendimento. Devido diversos fatores de sua conjuntura hospitalar, bem como as demandas do município, é o hospital a estrutura de saúde mais indicada nos casos em que o paciente se encontre baleado, esfaqueado, acidentado em estado grave, como vítima de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto do miocárdio”, finaliza.