CARATINGA- Pouco mais de um mês após a posse da comissão interventiva do Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA), que aconteceu no dia 11 de maio, ainda não há uma definição sobre a gestão do hospital. Do dia da posse, a comissão teria prazo de cinco dias para indicar as pessoas que vão fazer a gestão do hospital e 10 dias para indicação dos diretores e suas respectivas responsabilidades.
A mesa é composta pelo superintendente regional de Saúde de Coronel Fabriciano, Wagner Barbalho, representando o Estado; Jaqueline dos Santos, representando o Conselho de Secretários Municipais de Saúde; Ranulfo Moreira Cunha Filho, procurador-geral, representando o município de Caratinga; a promotora Flávia Alcântara, representando o Ministério Público e o auditor João Batista da Silva, representando o Ministério da Saúde.
O DIÁRIO DE CARATINGA apurou que acontecerá uma reunião nesta quinta-feira (18), pela manhã, ainda para verificar os possíveis gestores. Nos últimos dias, foram apontados os nomes da Associação Mineira de Assistência à Saúde (Aminas), atual gestora do hospital de Bom Jesus do Galho e da Fundação São Francisco Xavier, mantenedora do Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga.
Mas, segundo informações extraoficiais, somente a Aminas teria encaminhado proposta e relatório de diagnóstico do HNSA. A Fundação São Francisco Xavier, embora tenha realizado visita técnica ao hospital, após verificar a situação, não teria interesse em geri-lo, conforme apurado pela reportagem.
RELEMBRE
Em dezembro do ano passado, foi confirmada a intervenção do Estado no Hospital Nossa Senhora Auxiliadora (HNSA). Em coletiva, o presidente da mesa diretora do hospital, dom Emanuel Messias de Oliveira, afirmou que a proposta foi aceita em uma reunião com os técnicos da Secretaria de Estado de Saúde (SES), tendo à frente o coordenador do Centro de Apoio Operacional das Promotorias de Justiça de Defesa da Saúde (CAO-Saúde), promotor de Justiça Gilmar de Assis. Ele ainda ressaltou que o Estado tem uma impressão “muito ruim” da gestão do hospital, mas a proposta foi de “uma intervenção consensual”.
Como desdobramento da reunião, foi formalizado um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), visando a criação de uma Comissão Especial para administrar o Hospital por um prazo de um ano, prorrogável pra mais um ano. A comissão seria composta pelo Ministério Público do Estado de Minas Gerais (MPE-MG), Conselho de Secretarias Municipais de Saúde de Minas Gerais (COSEMS-MG) e Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Já no início de abril deste ano foi definida a comissão interventora, que foi empossada no mês seguinte.