INHAPIM – A Polícia Civil de Inhapim prendeu na manhã de ontem, o terapeuta ocupacional Rodrigo Carvalho Pereira, 32 anos. Ele é acusado de estuprar alunos atendidos pela Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (APAE) de São Sebastião do Anta. Rodrigo foi preso quando estava na sala de atendimento da própria instituição.
As investigações tiveram início há menos de um mês. Uma mãe suspeitou do comportamento do filho e comunicou à direção da APAE, que repassou o fato para a Polícia Civil. Conforme a PC, foi feito monitoramento e câmeras escondidas registraram imagens que comprovam o envolvimento de Rodrigo. Ainda de acordo com a PC, as imagens são fortes. Rodrigo, que é casado e pai de dois filhos, trabalhava há dez anos na APAE de Inhapim e há oito na de São Sebastião do Anta.
Segundo o delegado Fábio de Sousa Henrique, depois das suspeições, foram colocadas câmeras na sala em que Rodrigo trabalhava e os atos libidinosos, que assustaram até mesmo os policiais, foram comprovados nas imagens. “Rodrigo usava o serviço que prestava à instituição para abusar sexualmente de crianças e adolescentes portadoras de necessidades especiais. A sala onde atendia aos alunos tinha um tranco na porta, assim ele acreditava que nunca seria descoberto e que suas ações monstruosas ficariam escondidas”, observa o delegado.
Em conversa com a polícia, Rodrigo confessou ter abusado de três assistidos. Sua esposa esteve na delegacia e ficou desesperada ao saber do acontecido, nem ao menos conseguia acreditar que Rodrigo fosse capaz de tamanha maldade.
O delegado Fábio Henrique agradeceu ao Ministério Público e ao poder judiciário por expedir rapidamente o mandado de prisão de Rodrigo. Os detetives também estiveram na casa do acusado em busca de materiais pornográficos, mas nada foi encontrado. “Ele será indiciado por estupro de vulnerável, acrescentando que são pessoas de necessidades especiais com retardamento mental; e como é educador, a pena poderá ter aumento, pois as crianças confiavam nele”, informou o delegado.
A prisão temporária, que tem o prazo de 30 dias, deverá ser convertida em preventiva. Como Rodrigo também trabalha na APAE Inhapim, investigações serão feitas e se algo for comprovado, outro inquérito será aberto.