Palestra com escritor especialista em Marketing alerta para o uso adequado e responsável da rede
CARATINGA – Qual jovem de hoje não gosta de acessar a internet? As redes sociais se tornaram um vício digital. Só o Facebook detém 1,23 bilhão de usuários. Uma ferramenta de atração de massa assombrosa. Positiva quando se usa com responsabilidade, mas devastadora quando é voltada para o mau uso. Pornografia, bandeiras de preconceito, manipulação de ideias, tendências distorcidas, informações mentirosas… Estas são apenas algumas das situações mais comuns de se encontrar.
Nem precisa dizer que quase a maioria dos jovens ergue o braço para responder “sim” quando a pergunta é: quem gosta de ficar conectado à rede? Adultos também. Entretanto, os jovens lideram o tempo e o número de acessos.
Mas será que eles prestam realmente atenção no teor (ou conteúdo) das informações com as quais estão tendo contato? Muita coisa é disponibilizada na rede sem que a pessoa tenha pedido para ver.
O assunto foi tema de uma palestra na última terça-feira, 30, conduzida pelo professor Eugênio Maria Gomes – especialista em Marketing e escritor -, para alunos com idades entre 10 e 11 anos do 5º ano da Escola Professor Jairo Grossi.
“A internet é um caminho sem volta. Mas é um bom caminho se for trilhado e percorrido com segurança. Ninguém sabe exatamente quem está do outro lado da tela e neste sentido as crianças são as maiores vítimas de situações recorrentes graves, como pedofilia, uso de imagens voltadas para a pornografia… É preciso cuidado, principalmente dos pais, e da escola também ajudando na orientação sobre o bom uso da internet entre os nossos jovens”, defende o palestrante.
Adolescente adora se sentir independente. Mas será que está sendo independente, de fato, vendo o que nem pede pra ver na internet? A internet tem disso sim: disponibilizar conteúdos variados sem critério de acesso. O risco é enorme!
“Se eu vejo alguma coisa que me desagrade eu excluo”, diz a estudante Beatriz Ferreira Costa, do 5º ano. “Não gosto de piadas de mau gosto, grupos que falam mal de outras pessoas; já aconteceu de colegas que fizeram grupos para falar mal de outros colegas e eu acho isso muito feio”, completa.
Internet é uma janela para o mundo. Tem pais que acham que só porque o filho está dentro do quarto, ele está protegido. Se estiver na internet, pode não estar! Ele pode estar em qualquer canto do mundo, falando com qualquer pessoa, das mais diferentes condutas.
“Mesmo sem a gente querer, procurando outras coisas, sempre costuma acontecer de aparecer imagens pornográficas, de gente nua e isso me incomoda”, relata o estudante Gustavo Selles Nacif dos Reis, também do 5º ano.
Sem a definição de um limite frente à internet, o jovem precisa de orientação e a escola acaba sendo uma grande aliada nessa hora. “A tecnologia entrou na escola e nas famílias e é importante unir escola e família em um trabalho efetivo de conscientização junto aos jovens para o uso adequado dessa ferramenta. É preciso utilizar, sim! Mas canalizar essa utilização para o bem. A gente vem percebendo essa canalização sendo usada de maneira errada, então essa palestra é para alertar sobre os riscos que todos estão correndo”, orienta a supervisora pedagógica, Angélica Nunes.
RECOMENDAÇÕES DO QUE NÃO FAZER NA INTERNET:
* Publicar fotos íntimas suas ou de familiares em redes sociais;
* Revelar dados pessoais, como telefone e endereço residencial ou da escola, assim como o horário que estuda;
* Dar informações sobre a família sem a permissão de um adulto;
* Adicionar pessoas desconhecidas nas redes sociais;
* Deixar de proteger o computador com senhas ou deixá-lo sem configurações de segurança;
* Fingir ser uma pessoa que não é, mudar de identidade;
* Curtir ou compartilhar qualquer publicação na rede social;
* Marcar encontro sem avisar os pais ou ir sozinho;
* Compartilhar qualquer assunto que ofenda o outro – o chamado bullying na internet.