Na minha cidade natal – Ijuí, RS – dia 19 de outubro, é feriado, porque é o dia de sua fundação. E foi também o dia em que eu nasci, há 77 anos!
Assim, desde pequeno sempre achei “meu” dia especialmente importante, pois a cidade inteira ‘parava’ para celebrar o aniversário – óbvio, da cidade!
Já vi muita coisa desse nosso Brasil: é claro, olhado lá debaixo, do Rio Grande! 1988 foi um ano muito importante para todos nós brasileiros, pois a 5 de outubro foi promulgada a nova Constituição nacional, no apagar das luzes tristes e, em muitos sentidos, pesarosas, lúgubres do regime militar.
Por quê?
E por que uma constituição nova?
Porque havia uma grande confusão quanto a nossa identidade como um país livre. A nova Constituição cimentou principalmente os seguintes objetivos:
- Construir uma sociedade mais justa, livre e solidária;
- Garantir a continuidade do desenvolvimento nacional;
- Diminuir ou melhor, erradicar o nível de pobreza e desigualdade social;
- Promover o bem para todos os cidadãos sem preconceito com relação a sua cor, orientação sexual, raça, ou qualquer outra forma de discriminação;
De fato, somos uma nação bem peculiar. Entre os direitos garantidos, temos estes:
- Residência no Brasil, mesmo que eu seja um estrangeiro;
- Liberdade,
- Segurança,
- E propriedade.
Ou seja, a Constituição serve para representar o povo brasileiro – inclusive os estrangeiros, os refugiados, – algo inédito no mundo, além de sempre levar em conta as necessidades e vontades de cada um, respeitando-os. Um pequeno parêntese: meu pai nasceu na Ucrânia, veio ao Brasil com poucos meses de idade, e até seu último dia, aos 101 anos, era estrangeiro – e sempre morou aqui sem problemas!
Nestes meus ‘curtos’ anos de vida, tenho vivido também em outros países, onde, por exemplo, os direitos de todo o residente nem sempre existem, ou não são declarados abertamente!
Além do mais, preciso destacar pelo menos mais quatro direitos maiores ou mais abrangentes de nossa atual Carta Magna, com características democráticas e, com certeza, obrigatórias:
- A Soberania;
- A Cidadania;
- Para cada ser humano: a sua Dignidade;
- Os direitos e valores sociais do trabalho.
Destaca-se aí indubitavelmente um compromisso infalível com a pessoa humana, colocando nossa Constituição entre os documentos constitucionais mais avançados já produzidos no mundo.
Como me orgulho de ter nascido aqui, onde a pessoa humana (Artigo 1.º, #: III) é um dos fundamentos do Estado brasileiro, e está debaixo da proteção de outros dispositivos constitucionais! Os redatores, nossos representantes, levaram bastante em conta a afirmação do filósofo europeu: as coisas têm preço; o ser humano, homem ou mulher, dignidade.
Encontramo-nos hoje diante de mais um momento democrático histórico: o que é que é urgente defender, e quem melhor representa e defende nossa constituição.
Um dado muito importante que não pode ser negligenciado: existe uma escala de prioridades nos direitos defendidos. Assim, por exemplo, como podemos defender a dignidade humana de todos que aqui vivem, se não somos uma nação soberana?
Isso nos leva a perguntar aos candidatos: – Você vai defender nossa soberania nacional até os últimos detalhes, num mundo onde há alianças ou estão sendo arquitetadas alianças nefastas, que um dia (porque elas constam de algum acordo escondido das massas, ou esquecido) – mas que um dia virão à tona, naturalmente ou por imposição?
– Candidato, VOCÊ está pronto para defender, assim por dizer, “com unhas e dentes” nossa pátria, o Brasil?
Como é importante o direito da dignidade humana para todos! Como a pobreza, a desigualdade, as discriminações infringem CONTRA esse direito básico da dignidade pessoal!
Por isso (e graças a Deus que na Constituição “nossos” homens e mulheres consolidaram de forma ímpar) o “Diminuir ou melhor, erradicar o nível de pobreza e desigualdade social” – é parte importantíssima do projeto de governo. Esta é também a razão que tenho tido em mente quando tenho escrito nesta coluna de nosso mui respeitado Diário de Caratinga a respeito do movimento “Altruísmo Eficaz” – uma onda global com pouco mais de 20 anos que traz esperança a povos e nações afundadas no mar da pobreza, pois esse MONSTRO pode atacar a QUALQUER UM e em qualquer lugar!!!
Ao relembrar o próximo dia de eleições, queria ainda dizer que o Brasil conta com os seus filhos – não importa quem – para SALVAR A PÁTRIA do crescente CAOS e da INJUSTIÇA.
Por isso, concluindo: uma aliança não visa apenas ganhar uma eleição, mas salvar o Brasil! Sei que estou me dirigindo a um público lúcido, sábio e inteligente, e confesso:
– Meu “caso” de amor é com nenhum candidato, mas com o povo brasileiro, especialmente, com o necessitado não-assistido.
ALIANÇAS! Não só para ganhar este pleito, mas para fazer o melhor para a nossa pátria amada! Governo, governantes, candidatos, um apelo intenso e forte: – Sejam o exemplo para todos nós!
(Uma notícia para você: todas essas crônicas tem um podcast. Se você enviar seu e-mail, terei muito prazer em enviá-lo para você. Até – talvez você conheça alguém que não gosta de ler, mas gostaria de ouvir…)
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – UniDoctum E-mails: [email protected] ou [email protected]