INHAPIM – No dia 28 de julho de 2018, o DIÁRIO DE CARATINGA publicou uma matéria intitulada “O milagre chamado Túlio”. E desde então, o jornal tem recebido diversos contatos de pessoas querendo saber como está a recuperação do jovem. E nessa semana, a reportagem voltou à casa de Túlio, em Inhapim.
O ACIDENTE
No dia 17 de dezembro de 2016, Túlio Vinícius de Oliveira Ferreira, à época com 21 anos, sofreu um gravíssimo acidente automobilístico no km 506 da BR-116, trecho que corta o município de Inhapim, quando o veículo que ele dirigia colidiu contra uma árvore.
O jovem sofreu traumatismo crânio encefálico, além de fraturas no corpo, ficou 37 dias em coma, e pelo fato do cérebro ter sido muito afetado, ele perdeu todos os movimentos do corpo e nem os olhos mexiam.
Mas sempre com muita fé e esperança, a família de Túlio fez a campanha “Força Túlio”, e conseguiu levá-lo para Tailândia, no dia 25 de setembro de 2017, onde fez um tratamento com células-tronco.
Logo após o tratamento Túlio começou a andar com ajuda, ganhou força no tronco, e já conseguia falar algumas coisas e até mandar áudio pra namorada.
CONTINUIDADE DA RECUPERAÇÃO
Essa semana a reportagem voltou à casa de Túlio, que fica no córrego São Silvestre, em Inhapim. Túlio está visivelmente melhor, ganhou peso, mas segundo a sua mãe, Meire Cristina de Oliveira, ele está um pouco desanimado. “Hoje ele está bem, está precisando mais esforço da parte dele. Mas melhorou muita coisa, parou de engasgar, era preciso engrossar a água com um produto para ele beber, consegue dar alguns passos com ajuda de uma andador especial que também fizemos campanha para comprar, já vai para o terreiro com ajuda do pai (Edvaldo Ferreira), para o carro, mas a perna enfraquece”, conta Meire.
Atualmente Túlio faz equoterapia e fisioterapia, mas deixou a fonoaudiologia, pelo valor ser difícil para a família pagar. Ele precisa estar acompanhado de alguém o tempo todo, mas já come sozinho, porém precisa de uma pessoa por perto, pois a coordenação motora pode falhar.
Ainda segundo Meire, o sono do filho melhorou bastante, e ele gosta muito de comer e de passear. “O processo é lento, estou achando ele muito desanimado, não sei se é por causa da pandemia que ficamos parados, mas ele pede comida, pede pra andar, pra sair, se o local não for agradável, ele sinaliza que quer ir embora. A fono está fazendo falta, ele estava falando bem, e diminuiu. Tinha uma que atendia em Caratinga, mas paramos porque estava caro, mas estamos pensando em procurar uma num valor melhor, ele está precisando. Minha esperança é que ele anime mais, e tenha vontade de ficar no andador”, conclui Meire dando um grande abraço no filho.
Túlio se despediu da reportagem dando tchau e mandando beijos.