PIEDADE DE CARATINGA – Cerca de trinta gestantes se reuniram ontem, no posto de Saúde Lindo Vale, onde puderam receber várias orientações de profissionais do Nasf (Núcleo de Apoio à Saúde da Família).
A secretária de Saúde, Maria das Graças Santos, explicou que o objetivo do trabalho é oferecer orientações para as mulheres durante a gestação e depois também, com o nascimento do bebê. “As mães que estão aqui hoje, estão aprendendo como fazer amamentação correta, conhecer melhor seu corpo, as mudanças que uma gravidez traz, podendo ter tranquilidade como agir também na pós-gravidez, pois quando fica sem informação, corre o risco de fazer algo errado”, explicou a secretária de Saúde.
Karina Martins Xavier Lopes, fonoaudióloga, disse que a equipe do Nasf faz um trabalho de promoção à saúde, através de profissionais capacitados. No encontro com as gestantes, a enfermeira falou da amamentação, a terapeuta ocupacional das manobras articulares, a nutricionista da alimentação gestacional e a educadora física sobre incontinência urinária. Karina falou da parte fonoaudiologia que engloba o teste da orelhinha, da linguinha, os benefícios do aleitamento materno para o desenvolvimento da musculatura orofacial da criança e os prejuízos que o bico por exemplo pode gerar de acordo com o tempo de uso. “No caso do bico, nos primeiros meses, existe o vínculo afetivo, porque ele não nutre. No começo acalma, mas a maior dificuldade é na hora de tirar. Quando é usado há muitos anos, depende muito da frequência, da intensidade e da duração que utiliza. Já vi criança usar até três anos e não ser prejudicial, mas também pode prejudicar na hora da articulação da fala, o céu da boca fica mais alto, mais estreito e na hora de pronunciar algum som, tem dificuldade. Quando a criança começa a não querer largar o bico e a mordida vai ficando aberta as mães devem ficar em alerta, pois começa a ter alterações de fala, a musculatura da língua em posição de repouso fica mais fraca, atrapalhando na articulação de alguns sons, principalmente no caso do R que exige mais força e aí a criança troca pelo L, sendo necessário tratamento adequado”, explicou a fonoaudióloga.
Márcia Maria de Souza Alves, 25 anos, está com sete meses de gestação e gostou muito de participar do encontro. “Como mãe de primeira viagem sempre temos dúvidas, mesmo com acesso a internet, então bom mesmo é ouvir os profissionais que sabem bem o que devemos fazer, passando mais segurança”, disse Márcia, que espera a chegada da Sofia.