Nelson Guerra se locomovia através de muletas. Hoje ele está acamado e conta com auxílio de uma cadeira de rodas
SANTA RITA DE MINAS – Nelson Guerra Lacerda, de 34 anos, mora no Córrego Juca Antônio, zona rural de Santa Rita de Minas. Deficiente físico, já convivia com algumas limitações e usava muletas para se locomover, mas nada que lhe impedisse de fazer suas atividades do dia a dia.
Mas, sua rotina mudou completamente em março de 2015, quando sofreu uma queda na porta da cozinha da casa de sua mãe e fraturou o joelho direito. Ficou 90 dias sem se locomover, e quando voltou, em julho
de 2015, caiu novamente. Desta vez, quebrou totalmente o osso, pois não havia sido detectada no tratamento realizado a fratura do fêmur.
Nelson chegou a ficar dois meses no Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, à espera da liberação de uma cirurgia. Ele afirma que nenhum hospital aceitou sua transferência. Chegou até mesmo a pegar uma infecção hospitalar e precisou voltar para a casa. Hoje ele mora com a mãe e conta ainda com a ajuda dos irmãos para as tarefas do dia a dia.
Ele entrou em contato com o DIÁRIO DE CARATINGA para falar sobre sua história e pedir ajuda. A Reportagem esteve na casa de Nelson. Ele estava deitado em um sofá. A cadeira de rodas estava ao lado. Segundo ele, essa tem sido a sua rotina nos últimos seis meses. “Já tinha deficiência física, mas fazia sozinho as minhas coisas, me locomovia. Agora, com todo esse tempo acamado, só fico nesse sofá, cadeira de rodas e cama, não muda muito não. Está bem difícil, dependo para tudo, tomar um banho, até mesmo trocar de roupa”.
Para voltar a ter uma qualidade de vida, Nelson explica que depende de uma cirurgia que contempla prótese total de quadril. Se ele optar pelo Sistema Único de Saúde (SUS) a espera vai se estender por anos. Caso realize de maneira particular, a cirurgia está avaliada entre R$ 45.000 e R$ 50.000; montante que a família não tem condições de arcar.
Por isso, Nelson acionou a Justiça. Ele afirma que já tem uma liminar favorável, mas o estado ainda não cumpriu e a cirurgia não foi realizada, por isso, está prestes a dar início a uma campanha para arrecadar o dinheiro necessário para o procedimento cirúrgico. “Tomo muitos remédios para dor e tem dia que para dormir também, pois alguns dias a dor pega tanto que fica difícil. Essa era uma cirurgia pra ser feita em no máximo três dias, é uma lesão grave que pode levar à trombose e, consequentemente, até mesmo a morte. Estamos esperançosos de que essa cirurgia possa ser realizada o mais breve possível”, finaliza.