Química?!
O encontro realizado no domingo (26), em Kuala Lumpur/Malásia, entre os presidentes do Brasil e dos Estados Unidos, teve como objetivo reduzir as tensões bilaterais e discutir a possível suspensão do tarifaço de 40% imposto por Trump a produtos brasileiros, incluindo o café. Embora não tenha havido acordo concreto, o diálogo reaberto e a determinação americana de iniciar negociações representaram um avanço. A notícia provocou queda acentuada nas cotações do café nas bolsas de Nova Iorque e Londres na segunda-feira.
Avaliação
Conforme avaliação do Escritório Carvalhaes, de Santos/SP, “será bom para o Brasil e para os EUA se a retirada do tarifaço de 40% sobre a compra de nossos cafés pelas indústrias e importadores americanos vier a ser confirmada, mas os demais fundamentos de mercado continuarão os mesmos: as incertezas climáticas, que seguem afetando a produção do Brasil e dos demais principais países produtores; os baixos estoques globais, e a expressiva queda em 2025 dos embarques de café do Brasil, maior produtor e exportador mundial”.
ICE
Os contratos de arábica com vencimento em dezembro próximo na ICE Futures US oscilaram, sexta-feira (31/10), 1.160 pontos entre a máxima e a mínima, batendo na máxima do dia em US$ 3,9660, em alta de 460 pontos (1,17%). Fecharam valendo US$ 3,9205 por libra peso, em alta de 5 pontos (0,013%). Na ICE Europe, os contratos para janeiro próximo fecharam o pregão valendo 4.540 dólares com perdas de 101 dólares (2,18%).
Estoques
Os estoques de cafés certificados na ICE Futures US caíram, sexta-feira (31/10), 14.747 sacas. Estão em 431.728 sacas. Há um ano eram de 852.058 sacas, caindo nesse período 420.330 sacas. Somaram queda nesta semana de 16.045 sacas e de 19.339 sacas na semana passada. Na semana anterior à passada caíram 42.273 sacas. Acumularam perdas neste mês de outubro de 138.209 sacas e de 140.279 sacas no mês de setembro. No mês de agosto recuaram 60.425 sacas e no mês de julho 70.552 sacas. Em 2025, até esta sexta-feira, dia 31, os estoques certificados pela ICE Futures US, recuaram 55,94%, acumulando queda de 548.239 sacas.
Dólar e o mercado
Na sexta-feira (31/10), o dólar subiu 0,02% frente ao real, encerrando o dia a R$ 5,3800. Fechou a sexta-feira passada (24/10) a R$ 5,3930 e a sexta-feira anterior à passada (17/10) a R$ 5,4060. Em reais por saca, os contratos para dezembro próximo na ICE Futures US fecharam na sexta-feira (31/10) valendo R$ 2.790,09. Encerraram a última sexta-feira (24/10) a R$ 2.874,95 e a sexta-feira anterior à passada (17/10) a R$ 2.842,19.
Mercado físico
No mercado físico brasileiro, os compradores diminuíram suas bases ao longo da semana, acompanhando a queda na ICE em Nova Iorque. O volume de vendas continua abaixo do usual para esta época do ano. Os vendedores recusam grande parte das ofertas. As fortes e rápidas oscilações nas bolsas de Nova Iorque e Londres dificultam a formação de preços e o fechamento de um volume maior de negócios. Há interesse comprador para todos os padrões de café.
Embarques
Até dia 30 de outubro, os embarques de outubro estavam em 2.850.066 sacas de café arábica, 367.699 sacas de café conilon, mais 265.814 sacas de café solúvel, totalizando 3.483.579 sacas embarcadas, contra 3.522.523 sacas no mesmo dia de setembro. Até o mesmo dia 30, os pedidos de emissão de certificados de origem para embarque em outubro totalizavam 3.893.395 sacas, contra 3.873.261 sacas no mesmo dia do mês anterior.
Bolsa Nova Iorque
A bolsa de Nova Iorque – ICE, do fechamento do dia 24/10, sexta-feira, até o fechamento de sexta-feira (31/10), caiu nos contratos para entrega em dezembro próximo 1095 pontos ou US$ 14,48 (R$ 77,92) por saca. Em reais, as cotações para entrega em dezembro próximo na ICE, fecharam no dia 24/10 a R$ 2.874,95 por saca, e sexta-feira (31/10), a R$ 2.790,09. Ainda na última sexta-feira, nos contratos para entrega em dezembro, a bolsa de Nova Iorque fechou em alta de 5 pontos.
