* Sanderson Dutra Rocha Gouvêa
Usamos água para diversos fins!
Falemos de água!
Começarei chamando a água de “substância esquisita”! Vejamos…
Enquanto outras substâncias (materiais) quando passam da fase líquida para a fase sólida se organizam (se juntam, se agrupam) ocupando uma área menor, a água faz o contrário, se organiza preenchendo uma área maior. Como explicar tal fato? Porque a água tem um comportamento assim diferente das demais substâncias?
A explicação existe. Mas para deixá-los mais curiosos, pensem: o que leva uma garrafa de cerveja estourar no congelador quando se baixa muito a temperatura? Não há produção de gás para exercer pressão… Então, como isso é possível? E ainda, com a mesma explicação podemos esclarecer como o gelo (material composto de água) flutua em água líquida.
Outro exemplo: a água é solvente universal, pois dissolve um maior número de substâncias em relação a outros solventes. Pois bem, como explicar o comportamento da água frente a dissolução do açúcar que é de origem orgânica, e também frente a dissolução do sal (cloreto de sódio) que é inorgânico? Sim, muito estranho!
Estranho, mas explicável!
Veja outra situação: água e gasolina não se misturam, caso seja colocado 50 mL de gasolina num frasco, e sabendo que a gasolina de posto tem um teor de álcool permitido por órgãos fiscalizadores governamentais, em torno de 20%, adicione então a este frasco mais 50 mL de água. Poderá ser percebido, visto que a gasolina possui coloração característica, que a quantidade de gasolina vai diminuir, muito provavelmente para 40 mL. INTERESSANTE!
Quer dizer então que o álcool que estava combinado com a gasolina, vai abandoná-la e se juntar com a água? ISSO!
Então, a água tem um poder de atração maior que a gasolina em relação ao álcool! LEGAL!
O conhecimento não pode ficar restrito ao ambiente de uma escola formal, ele precisa extrapolar, é necessário que ele venha ser do cotidiano de todos. Não deve existir necessidade de memorização de fórmulas em exagero, de informações. Precisamos conseguir interpretar, raciocinar com as informações e fatos. Precisamos ser curiosos!
Para se entender o que acontece nas situações mencionadas acima, as explicações não necessariamente devem ser técnicas, mas devem proporcionar de forma clara a ideia do acontecimento ou fato. Todos, independentemente da formação ou atuação profissional podem, aguçando sua curiosidade, atentar para uma explicação que elucide os exemplos citados anteriormente.
Enfim, cabem assim os questionamentos: por que a água é assim “esquisita”? e “por que a água consegue se adaptar tão bem a situações tão distintas”?
AGUARDO OS CURIOSOS PARA VEREM OS DETALHES NA PRÓXIMA PUBLICAÇÃO, NA PRIMEIRO QUINZENA DE JULHO!
* Sanderson Dutra Rocha Gouvêa é professor do Centro Universitário de Caratinga, possui graduação em Ciências pela Fundação Educacional de Caratinga (1992), graduação em Matemática pela Fundação Educacional de Caratinga (1994), graduação em Química pela Universidade do Oeste Paulista (1999), especialização em Química pela Universidade Federal de Lavras (2000) e mestrado em Meio Ambiente e Sustentabilidade pela Fundação Educacional de Caratinga (2004).
2 Comentários
Daniela
Muito interessante o texto. Aguardo o próximo….
Yáskara
Nossaaaa….. agora estou curiosa!!!! rsrs
Não tinha parado pra pensar nisso… muito interessante!!!!!