BOM JESUS DO GALHO – O técnico em infectologia da Gerência Regional de Saúde, Manoel Carlos dos Santos, Referência Técnica da Secretaria Regional de Saúde (SRS), ministrou na terça-feira (11) uma palestra sobre leishmaniose visceral para agentes de saúde dos distritos de Bom Jesus do Galho e da sede.
O evento, realizado no Departamento Municipal de Educação, teve como propósito orientar os profissionais da saúde sobre a doença e aprimorar suas atividades de campo.
Manoel Carlos apresentou aos agentes as características da leishmaniose, os seus impactos na saúde do animal e do homem, listando em seguida as formas de prevenção da doença.
Os sintomas da leishmaniose que podem se manifestar nos cães doentes também foram assunto da aula, finalizada com uma sessão dedicada às perguntas dos alunos.
A leishmaniose é uma das doenças que mais afeta os cães no Brasil. Transmitida pela picada do mosquito flebótomo, a enfermidade pode causar perda de pelos no focinho, orelhas e região dos olhos do animal, crescimento anormal das unhas, emagrecimento progressivo, anorexia, e dependendo das complicações e da evolução do quadro, o animal pode morrer.
De acordo com Manoel, para a prevenção e controle da leishmaniose visceral, algumas medidas devem ser tomadas, como manter a poda de árvores, folhagens e grama dos quintais, manter a saúde e a higiene dos animais, usando coleira repelente de insetos e não permitindo que o cão fique solto nas ruas.
O vetor da leishmaniose não coloca o ovo em água parada. Ele coloca seus ovos em matéria orgânica; quintal com fezes de animais, restos de madeira, frutas e folhas é o ambiente ideal para a reprodução do transmissor. Por isso é fundamental que a população faça a limpeza constante dos quintais, evitando todo tipo de matéria orgânica em decomposição.
Quando o inseto infectado pica o ser humano, ele transmite a doença, sendo necessário tratamento imediato. Tanto em animais como em humanos a leishmaniose pode matar. A leishmaniose é caracterizada pela OMS (Organização mundial de saúde) como uma das seis doenças infecciosas mais importantes do mundo. Estima-se que sejam acometidas todos os anos cerca de 2 milhões de pessoas.
Assessoria de Comunicação