Como a igreja sobreviveu ao avanço da cultura greco-romana?
O movimento iniciado pelos apóstolos logo após a subida de Jesus a sua pátria celestial foi muito bem sucedido. Lemos várias descrições dos locais aonde os seguidores do Caminho iam e onde se estabeleciam, e sobre os resultados que colhiam. A partir dessa análise, podemos tirar uma boa fotografia daquelas épocas em que o reino de Deus era pregado, e Deus fazia milagres e maravilhas que acompanhavam o testemunho dos crentes.
De uma forma geral, os comentários eram de que o Cristianismo revitalizou cada sociedade ou comunidade onde chegou, trazendo resposta à miséria, ao caos, ao medo e à brutalidade daquele mundo urbano greco-romano.
Nas cidades onde chegavam, traziam novas normas e formas de relacionamento social, de maneira que se tornava possível enfrentar vários problemas urgentes.
Havia muitas cidades repletas de desabrigados e empobrecidos. O que fazer? Em geral, os seguidores não tinham condições econômicas, mas tinham princípios – ofereciam o máximo do pouco que tinham – e o mundo viu pela primeira vez caridade gerando nova esperança.
Sempre houve grandes migrações, principalmente quando um conquistador forçava populações de uma área para outra, a fim de diminuir as possibilidades de levantes e revoltas. As cidades estavam sempre repletas de pessoas recém-chegadas, estrangeiros de todos os lugares do mundo conquistado. O povo de Jesus oferecia-lhes acolhimento, permitindo que logo se sentissem em casa – o tão necessário sentimento de pertencimento era conquistado.
Entrando mais profundamente nos problemas das cidades, havia muitos órfãos e viúvas, porém – no Antigo Testamento – encontravam-se as diretrizes claras para as comunidades sobre como ajudá-los, oferecendo um sentimento novo e mais abrangente de família.
Como hoje, naqueles dias houve várias lutas étnicas, que em geral eram demasiadamente sangrentas, resultando em muitas feridas abertas, como desejos de vingança, ódio e ressentimento. A mensagem do Evangelho – o amor de Jesus morrendo pelos pecadores na cruz – sensibilizava os corações, cicatrizava feridas da alma, e os sobreviventes encontravam uma nova base de solidariedade social.
Havia também epidemias, incêndios e terremotos… Os seguidores de Jesus, movidos por seus corações repletos da compaixão do Senhor e Pai, uniam-se e ofereciam serviços de urgência eficientes, verdadeiras sementes dos melhores tratamentos médico-hospitalares de nossos dias.
Os seguidores de Jesus não faziam apenas um movimento passageiro, mas geravam uma nova cultura que foi capaz de tornar a vida nas cidades greco-romanas mais tolerável.
Como a igreja sobreviveu ao avanço da cultura greco-romana? Marcando presença ali onde havia necessidade. De formas diversas e impactantes, os cristãos ajudaram a cuidar dos carentes, porque entre eles não havia necessitados. A impressão e opinião geral consistiam em que a GENEROSIDADE era a marca daquele povo desprendido, feliz, abençoado e abençoador!
A RESTAURAÇÃO acontecendo! Que venha logo, Senhor!
Rev. Rudi Augusto Krüger – Diretor, Faculdade Uriel de Almeida Leitão; Coordenador, Capelanias da Rede de Ensino Doctum – [email protected]
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