O modelo de sustentabilidade nos lembra do rótulo americano de globalização. Ideias bonitas que não passam de factoides. Não existe na alma de nenhuma multinacional preocupação com a natureza e tão pouco com o ser humano. A máxima é lucro independentemente se vão emitir C02 ou outros venenos na atmosfera. O empregado é uma máquina. Enquanto produz é aceito. Se adoece, é jogado no lixo como um bagaço de laranja. Diversas empresas montam linha de produção em países subdesenvolvidos e exploram a mão-de-obra barata e abundante. Submetem o cidadão a situações análogas à escravidão, salários aviltantes e estes, sem condições financeiras são obrigados a viver em favelas sem um mínimo de saneamento e higiene sujeitos a doenças e a serem vítimas da violência urbana.
A pobreza na sua essência é fruto de exploração, de falta de oportunidades, de desigualdades, da má distribuição de renda, das condições sociais adversas onde cada um é por si. Uma luta insana pelo poder, pelo dinheiro, pelo consumismo, que é a força motriz das indústrias; e a cada ano mais e mais projeções são feitas no sentido de vender ainda mais. A Natureza, coitada, vilipendiada nos quatro cantos do planeta e muitos hipócritas que vivem da “falsa defesa da ecologia” tentam manipular a opinião pública do mundo inteiro em enormes e vistosas conferências sobre meio ambiente e sustentabilidade fingindo criar meios de defender o planeta com promessas vãs que nunca sairão do papel.
As grandes potências são as primeiras a se retirar das convenções quando lhe cabe alguma parte de contribuição em prol do planeta. Assinam acordos bilaterais, unilaterais, e todo tipo de maquiagem a fim de enganar a todos. Em suma somos colonizados pelo capital, pega ganância, pela hipocrisia, pela necessidade de sobrevivermos tendo que nos submeter a todo tipo de injustiças.
O mundo pede socorro. O planeta terra agoniza. A água escassa submete a todos a um pesadelo sem fim preconizando um futuro incerto e temeroso a nossos filhos e netos, pois com certeza num futuro não muito distante haverá guerras sangrentas por causa de agua. Tudo isso devido a negligência de nossos gestores em conluio com grandes empresas que somente enxergam o lucro e a ganância. A sustentabilidade democrática nos remete a deveres e direitos. Liberdade, cidadania e justiça social.