Ministério Público pronuncia acusado por homicídio em acidente que matou dois jovens em São Sebastião do Anta

INHAPIM – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Inhapim, comunicou a pronúncia de um acusado pela prática de homicídio qualificado, omissão de socorro e fuga do local do crime. A atuação foi conduzida pelo Promotor de Justiça Jonas Júnio Linhares Costa Monteiro.

O caso remonta a 4 de agosto de 2023, quando, por volta das 18h20, o acusado, sem possuir habilitação e após ingerir bebida alcoólica, conduzia um veículo Fiat Palio em alta velocidade pela avenida Tabajara, em São Sebastião do Anta. Ele atingiu a traseira de uma motocicleta Honda CG 160 Titan, que era conduzida por Guilherme Luiz Fagundes e Tiago do Carmo Silveira Silva, ambos de 20 anos.

Com o impacto, os ocupantes da motocicleta foram lançados a uma distância de 43 metros. Tiago faleceu no local, enquanto Guilherme chegou a ser socorrido e levado ao Hospital Márcio Cunha, em Ipatinga, mas não resistiu aos ferimentos e morreu horas depois.

Após a colisão, o acusado fugiu, não prestou socorro e ocultou o veículo em uma plantação de café às margens da estrada. A perícia da Polícia Civil constatou presença de bebida alcoólica espalhada pelo veículo, além de confirmar que o condutor não possuía Carteira Nacional de Habilitação.

Decisão judicial

O promotor de Justiça destacou que estão presentes duas qualificadoras: emprego de meio que resultou em perigo comum, já que o veículo foi conduzido de forma imprudente e embriagada, e recurso que dificultou a defesa das vítimas, uma vez que foram atingidas pelas costas, sem possibilidade de reação.

O acusado foi pronunciado e irá a julgamento pelo Tribunal do Júri, instância competente para julgar crimes dolosos contra a vida. O Ministério Público também solicitou a aplicação de medidas cautelares, como restrição de acesso a bares, proibição de ausentar-se da comarca sem autorização e recolhimento de eventual passaporte, além da reparação de danos morais e materiais aos familiares das vítimas, estimados em R$ 100 mil para cada família.

A decisão reafirma o compromisso do MPMG com a defesa da vida, a responsabilização penal dos acusados e a busca por justiça em favor das vítimas e da sociedade

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