Quarto envolvido em briga de torcidas é preso
DA REDAÇÃO- O quarto envolvido em briga de torcidas em Inhapim, um homem de 28 anos foi preso na noite dessa terça-feira(30), em Coronel Fabriciano.
Durante o dia, a Polícia Civil, em ação conjunta com o Ministério Público, deflagrou uma operação que resultou na prisão de três indivíduos suspeitos de participação em ataque contra torcedores da Máfia Azul em Inhapim. As prisões ocorreram nas cidades de Inhapim, Ipatinga e Coronel Fabriciano.
O caso teve início no último dia 21 de setembro, quando oito homens, em dois veículos, invadiram uma confraternização da torcida cruzeirense que comemorava dez anos de fundação. Armados com paus e outros objetos, os invasores agrediram os torcedores e subtraíram pertences, incluindo uma bandeira.
Crime foi premeditado
De acordo com o delegado Ivan Lopes Sales, responsável pelas investigações, o ataque não foi ocasional, mas planejado com antecedência. “Essas pessoas do Vale do Aço já haviam arquitetado esse crime dias antes em um jogo do Atlético. Alugaram dois veículos em uma locadora, fizeram reconhecimento do local e prepararam a ação. Vieram em número expressivo e de forma estruturada. Não foi algo ocasional”, afirmou.
O delegado destacou a rápida resposta dos órgãos de segurança. “A Polícia Civil instaurou inquérito imediatamente, representou pela prisão preventiva e, com o parecer favorável do Ministério Público, a Justiça concedeu as ordens. Nossa mensagem é clara: em Inhapim e em toda a região não haverá espaço para guerras de torcidas”, ressaltou.
Ministério Público: “Ato covarde e criminoso”
O promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro classificou a ação como uma demonstração de ousadia criminosa. “Esses indivíduos não são torcedores, mas criminosos travestidos de torcedores. Covardes que se escondem atrás da paixão pelo futebol para praticar crimes. Nós não iremos admitir esse tipo de ato na nossa região”, declarou.
Segundo ele, os autores vão responder por diversos crimes, incluindo roubo majorado, incitação à violência em eventos esportivos (prevista na Lei Geral do Esporte de 2023) e associação criminosa. “Eles chegaram em bando, como uma verdadeira quadrilha, agredindo torcedores com socos, chutes e pauladas, além de roubar objetos. As penas podem chegar de 12 a 18 anos de prisão. Nossa atuação é firme e não haverá espaço para impunidade”, enfatizou o promotor.










