Uma simples lâmina de barbear e um pedaço de madeira foram suficientes para que dois detentos conseguissem cortar a grade da cela e ganhar as ruas na noite do dia 19 de abril de 1999. O movimento só foi percebido na manhã seguinte, quando o carcereiro fazia a recontagem dos detentos. Conseguiram escapar José Marinho Costa e Edmilson da Cruz. A facilidade da fuga, que já estava planejada, revelava a fragilidade da cadeia pública de Caratinga, que necessitava de um novo espaço. Os presos serraram duas barras de ferro da grade e aproveitaram a ausência do policial na guarita para chegarem ao pátio. Com os ferros que arrancaram, eles fizeram um buraco na parede que deu acesso à cela dos albergados e chegaram ao portão principal. Com a fuga, a cadeia contabilizou cinco fugas, num período de quatro meses.