Uma rede de benção no café da tarde

Nossa região é fantástica! Temos de tudo, e como é bom lembrar dessas coisas.

Estou fazendo essas “conversas” pensando na história de Abraão, o pai da nossa fé. Quando Deus disse a ele que todas as nações seriam abençoadas por meio da sua descendência, há muitas coisas que podemos citar, aqui pertinho de nós.

Que tal lembrar de um simples café da tarde na casa da vovó, com bolo de fubá, pão de queijo e aquele cafezinho passado na hora! Ali, entre risadas e histórias, acontece algo profundo: vidas se conectam, gerações se encontram, e bênçãos são transmitidas como quem passa o pão.

No Brasil, essa cena é mais que comum.

Mas pense: quantos corações são curados e encorajados nesses encontros simples?

A bênção de Abraão não é só promessa para os grandes líderes espirituais; ela se cumpre no abraço de uma mãe, no conselho sábio do avô, na paciência de um vizinho que oferece um copo de água fresca num dia quente.

A obediência à voz de Deus nos leva a espalhar bênçãos, não com discursos, mas com atitudes.

Como aquela professora que compra material escolar para o aluno carente; o gari que varre a rua com alegria, cantando, e ilumina o dia de quem passa; ou a dona Maria que prepara uma marmita extra para entregar a alguém com fome.

Cada gesto é como passar o café: simples, mas cheio de significado.

Porque a bênção não é só um “presente” que se recebe, mas um perfume que se espalha, uma rede que se forma entre vidas. Quando obedecemos à voz do Pai, mesmo em detalhes rotineiros, estamos participando dessa rede.

No final das contas, o café compartilhado na cozinha da vó é tão poderoso quanto a promessa feita a Abraão.

Ali se vive a herança da fé: o amor, a generosidade e a bondade que abençoam as nações, um coração de cada vez.

Rev. Rudi Kruger – Faculdade Uriel de Almeida Leitão, Doctum–rudi@doctum.edu.br