Volks e CCMM fazem parceria
A Volkswagen Caminhões e Ônibus, pioneira no desenvolvimento e produção seriada de caminhões elétricos na América Latina, e a CBMM, líder mundial na produção e comercialização de produtos de Nióbio, com unidade em Araxá, ingressam em nova parceria para incentivar a mobilidade elétrica. O acordo tem como objetivo o desenvolvimento e aplicação de baterias de recarga ultrarrápida para utilização em veículos elétricos concebidos pela montadora. O uso do nióbio com essa finalidade é inédito na indústria automotiva mundial. (Correio de Araxá)
Prevenção ao suicídio
A Secretaria de Saúde de Inhapim, por meio dos servidores dos Centros de Atenção Psicossocial Adulto e Infantil, promoveu passeata pelas ruas da cidade, visitando os comércios e consumidores, informando sobre a importância do Setembro Amarelo, mês que é dedicado a prevenção ao suicídio. Para a coordenadora dos Centros de Atenção Psicossocial Adulto e Infantil no município, Iracy Vieira de Carvalho, abordar o tema e manter os equipamentos voltados às políticas públicas psíquicas é primordial para qualidade de vida das pessoas. (Diário de Caratinga)
Redução de intervalo entre doses
A Secretaria Municipal de Saúde de Ipatinga informou, nesta semana, que está adiantando a segunda dose das vacinas Astrazeneca e Pfizer para um prazo de oito semanas (56 dias) após a primeira dose. Atualmente, os vacinados aguardam cerca de três meses para receber a segunda aplicação do imunizante. As pessoas que receberam a primeira dose há no mínimo oito semanas já podem aguardar o contato dos agentes de Saúde para completar o esquema vacinal. O atendimento ocorre nas Unidades de Saúde de referência, das 8h às 16h. Para se vacinar, é preciso apresentar documento de identidade e a carteirinha de vacinação. (Diário do Aço – Ipatinga)
Sindicato pede interdição de prédio
O Sindicato dos Servidores da Polícia Civil de Minas Gerais (Sindpol/MG) pediu a interdição e a condenação do prédio onde funciona a Delegacia Regional de Juiz de Fora, no Bairro Santa Terezinha, Zona Nordeste da cidade. A decisão ocorreu após uma visita da entidade ao local, quando teriam sido constatados problemas estruturais que, segundo o Sindpol, podem colocar em risco a vida dos servidores e de quem frequenta o espaço. O local é onde fica a maioria das delegacias e também o plantão, para onde são levadas as pessoas presas em flagrante pela Polícia Militar. (Tribuna de Minas – Juiz de Fora)
Programa prioriza olericultura
O Programa Jovem no Campo está capacitando adolescentes da cidade de Ubaí para atuação na olericultura, área da horticultura que abrange a produção de hortaliças. Dividido por módulos, o primeiro contato dos alunos foi com o levantamento dos canteiros e viveiros que receberão as primeiras mudas, instalados na área externa de uma escola estadual da cidade. Com a capacitação, os jovens poderão aprender todos os processos de produção de hortaliças, até a fase de comercialização dos produtos. O programa, desenvolvido pelo Sistema FAEMG/SENAR/INAES, visa contribuir com a inserção do jovem no mercado de trabalho rural, com foco nas oportunidades locais e regionais. (Gazeta Norte Mineira – Montes Claros)
Cidadãos não precisam agendar vacinação
Os populares que perderam a data para tomarem a segunda dose da vacina contra coronavírus em Nova Serrana não precisam de agendar a imunização. A informação foi repassadas pela prefeitura municipal que, em informativo divulgado à imprensa, alerta os cidadãos de Nova Serrana para a importância da segunda dose da vacina contra covid-19. “Caso você tenha sido vacinado com a primeira dose, não deixe de tomar a segunda no tempo recomendado. Só assim você será imunizado adequadamente, aumentará a sua defesa contra o vírus e ajudará a proteger os seus familiares e amigos”, diz a nota. (O Popular – Nova Serrana)
Prefeitura promove Drive-in Cultural
A Prefeitura de Pará de Minas, por meio da Secretaria de Cultura e Comunicação Institucional, promove, a partir de hoje 17 até o próximo domingo dia 19 de setembro, o Drive-in Cultural. O evento, em comemoração aos 162 anos de Pará de Minas, será realizado no estacionamento do Parque de Exposições Francisco Olivé Diniz, e permitirá a presença do público apenas dentro de veículos, que foram credenciados de forma gratuita. Segundo o atual prefeito, Elias Dini, a proposta do Drive-in Cultural é totalmente inovadora, Para ele, é possível aproveitar o momento com a segurança e a criatividade exigidas pelo contexto de pandemia. (Jornal Pará de Minas)
Estudo para implantação de anel viário
Concessionária da BR-050 já tem estudo preliminar para implantação do anel viário de Uberaba. A informação foi revelada pelo secretário estadual de Infraestrutura e Mobilidade, Fernando Marcato, que esteve no município para discutir o projeto com a prefeita, Elisa Araújo, e dirigentes da EcoRodovias. Marcato explica que as articulações com a concessionária começaram anteriormente para viabilizar a obra do Anel Viário, uma antiga demanda da cidade. De acordo com o secretário estadual, houve uma primeira resposta positiva da empresa e um estudo preliminar já foi concluído pela Eco 050. (Jornal da Manhã – Uberaba)
A SENHORINHA DA ESTRADA
*Eugênio Maria Gomes
Em determinado trecho da estrada uma senhorinha acenou, pedindo carona. Estava de máscara, parecia ter uns oitenta anos. O sol escaldante, certa tranquilidade por já ter tomado as duas doses da vacina e os cuidados em relação à contaminação, foram decisivos para que eu a tirasse daquele local ermo, no meio de uma reserva florestal.
Ela entrou, se identificou, disse para onde estava indo, fez o sinal da cruz e colocou o cinto de segurança. Não era uma mulher de muita conversa e, em pouco tempo, tirou um livro da bolsa e antes que eu pudesse ler o seu título, ela o apoiou sobre as pernas e iniciou a sua leitura. Abriu-o a um terço de seu início e corria com o dedo indicador cada linha lida.
Perguntei-lhe se ela não sentia mal-estar ao ler com o carro em movimento e ela acenou com a cabeça dizendo que não. Com esse gesto ela me tirou a oportunidade de perguntar-lhe sobre a obra, sobre o seu título, já que nenhuma conversa se desenvolveu. Insisti, lhe indagando então, se não sentia sonolência, ao que ela, mais uma vez, apenas fez o sinal negativo com a cabeça.
A viagem prosseguiu e percebi que daquele mato não sairia coelho algum e nem de sua boca sairia qualquer palavra. Por falar em coelho, o visual da estrada no meio daquela mata era realmente fantástico e, por algumas vezes, tive de reduzir a velocidade, por conta de alguns moradores naturais da floresta que resolveram passear pelas redondezas. Enquanto ela se mantinha calada, fui me distraindo olhando as árvores, os animais e lendo as placas.
De repente, ela deixou escapar algumas palavras. Primeiro ela disse “Travestis”. Meu pensamento voou em busca do título do livro… Que raio de livro seria aquele, que falava de travestis e era lido por aquela senhorinha? Acho que rodamos uns mil metros, quando ela disse a segunda palavra: “demais”. E, assim, a cada oitocentos metros mais ou menos, ela pronunciava mais uma palavra. Atento, ouvi as seguintes: “semestre, recusa e verdade”.
Aí não aguentei e perguntei-lhe o quê, exatamente, ela estava dizendo. Ela pediu para esperar e, após andarmos alguns metros, ela levantou a cabeça e disse: “Travestis demais semestre. Recusa a verdade”. Perguntei-lhe, então, se não estaria faltando a contração “no”, ao que ela logo concordou, dizendo que a frase correta seria “Travestis demais no semestre. Recusa a verdade”.
Achei aquilo tudo muito estranho… Não apenas a frase em si, a sua construção, a total falta de sentido, mas, principalmente, aquilo estar escrito em um livro e ter sido verbalizado por uma senhorinha já idosa, de forma totalmente fora de contexto. Foi quando resolvi fazer a pergunta que deveria ter feito assim que ela abriu o livro: qual é o título dessa obra? Ela gentilmente o fechou e me apresentou a capa de um livro de crônicas, de autoria de Rubens Alves.
Coincidentemente tratava-se de uma obra que eu já tinha lido e, podia afirmar com certeza de que, nela, não havia nenhuma citação a travestis e muito menos sobre recusa à verdade. Indaguei-lhe sobre isso, de onde ela teria tirado tal frase e ela disse que estava aprendendo a ler e que talvez ela estivesse errada, afirmando que “quando começo a ler as primeiras letras a minha cabeça já pensa logo em uma palavra”.
Insisti, se teria sido realmente na obra de Rubens Alves que ela havia lido aquilo e ela disse que não. “Eu li nas placas que vi pelo caminho. A todo momento passa a mesma placa e aí eu consegui ler tudo. Olha lá, mais uma placa daquela…”.
O carro foi se aproximando e, então, pude ler a placa da qual ela tirou a frase “Travestis demais no semestre. Recusa a verdade”. Tratava-se da placa mais comum em todo o trecho da reserva que passamos: Travessia de animais silvestres. Reduza a velocidade!
Assim, seguimos…