QUINHENTOS TEXTOS PUBLICADOS – UMA MARCA HISTÓRICA!

Eugênio Maria Gomes publica nesta edição o seu 500º texto

CARATINGA – Uma marca história para a produção literária e para o professor Eugênio Maria Gomes pode ser vista na edição de hoje, na coluna “Começo de Conversa”, do DIÁRIO DE CARATINGA: a publicação do 500º texto do autor. Colaborador assíduo do Jornal, Eugênio Maria Gomes escreve há mais de dez anos sobre temas diversos, sempre com uma abordagem reflexiva sobre questões do nosso cotidiano.

Eugênio Maria Gomes deixa seu nome na história do jornalismo caratinguense, 500 artigos publicados no DIÁRIO

Autor e coautor de mais de quarenta obras literárias, Eugênio é o atual presidente da ACL – Academia Caratinguense de Letras -, membro da ALTO – Academia de Letras de Teófilo Otoni -, da AMLM – Academia Maçônica de Letras do Leste de Minas e da ALB – Academia de Letras do Brasil.

Sob o lema “Mais que livros, escrevo ideias” – slogan criado e adotado pelo autor para nortear o seu trabalho literário -, Eugênio faz questão de dizer que está “sempre em construção, como uma obra inacabada, em constante mutação”. Incentivador do livro e da leitura, o autor acredita e aplica o conceito de que o livro é capaz de abrir portas, de construir e reconstruir histórias, de mudar a vida das pessoas.

Aproveitando este importante acontecimento, associado ao lançamento de duas obras no próximo mês, a reporte Nohemy Peixoto entrevistou o colunista.

Qual a sensação de ter publicado quinhentos textos?

A melhor possível. Fico feliz por atingir essa marca, principalmente porque isso significa que as pessoas quiseram continuar lendo meus textos, ou eu teria desistido no meio do caminho (risos). Fora a brincadeira, é muito bom ter essa sensação de pertencimento provisório, de que você criou algo, que era seu, mas que a partir da publicação passa a pertencer ao leitor. E, no meu caso, estamos falando de cinco centenas de textos, que deixaram de me pertencer e passaram a pertencer a milhares de leitores, através das páginas do DIÁRIO, dos sites e livros onde eles são republicados.

Mas não incomoda essa “utilização” do texto pelo leitor, considerando que é algo seu e que ele, às vezes, dá uma interpretação diferente da que você pensou ao escrever?

Não. É claro que o autor fica muito mais feliz quando o leitor consegue apreender aquilo que ele pensou em dizer. Mas, depois de publicado, o texto não pertence mais a quem escreveu e, de fato, prevalece a imaginação e o entendimento de quem o está lendo. De toda sorte é importante que o autor tome o máximo cuidado para não ofender, mesmo que inconscientemente, o leitor, já que o texto ganha asas assim que outros olhos, que não os do autor, o visualiza. Gostar ou não gostar do que alguém escreve é algo absolutamente normal, mas, as pessoas não podem se sentir ofendidas. Quando isso acontece, alguma coisa deu errado.

E é comum o leitor registrar que não tenha gostado de algo diretamente ao autor?

Não, não é comum. Normalmente as pessoas se utilizam das redes sociais ou da rede de contatos para mandar o seu recado, o que é perfeitamente compreensível. Mas, claro, sempre existem aqueles que sempre dizem “gostei”, ou “não gostei”, diretamente ao autor, e isso é muito importante, pois é neste momento que surge a grande oportunidade de conversar, de discutir com maturidade determinados temas. Tem um conhecido meu, ex-vereador, que vez ou outra é citado por amigos comuns, dizendo que ele não agrada dos meus livros, mas nem dá para saber por que, já que fica tudo na base do “ouvi dizer”. Eu mesmo não gosto do estilo de alguns autores, mas também não mando nenhum recado. Cada obra é única e traz em si o momento que vive o autor, assim como a ambiência e a cabeça do leitor. De uma maneira geral, não existe uma obra boa ou ruim, existe o gostar ou não gostar de alguém, do estilo ou gênero literário.

Vamos falar de novos projetos. O que está para surgir na área?

Agora em abril, o lançamento de duas novas obras literárias: o sexto volume da série de crônicas “Sem Data de Validade” e o sexto volume da série infantil “Maria Contando Histórias”, que presta homenagem ao Piter e que tem o título de “Píter, a estrelinha”.

E já tem data para o lançamento? Como nos anos anteriores, entidades serão beneficiadas?

Faremos o lançamento em quatro etapas. No dia 15 de abril, faremos o lançamento oficial no salão de festas da Loja Maçônica Caratinga Livre, às 19 horas. No dia seguinte, teremos o lançamento na APAE, às 9 horas e, às 13 horas faremos o lançamento na Escola Estadual Menino Jesus de Praga. No dia 17 faremos a última etapa do lançamento do livro impresso na Escola Professor Jairo Grossi e, a partir daí, as obras estarão disponíveis na editora Libro Legis e, no formato e-book, nas plataformas da Saraiva e da Amazon. Toda a renda com a venda dos exemplares impressos será destinada às atividades da APAE de Caratinga e do coral da E.E. Menino Jesus de Praga.

Como é possível destinar a totalidade da renda da venda dos livros para estas instituições? É que existem os custos com a impressão, distribuição…

Graças a pessoas que apostam na cultura e praticam a Responsabilidade Social, como os dirigentes da Viação Riodoce, do Irmão Supermercados e do Grande Oriente do Brasil – Minas Gerais. Há anos estas instituições apoiam o lançamento destas obras e, além de promoverem o livro, a leitura, a arte e a cultura, elas praticam a solidariedade com seus gestos.

Você pode adiantar algo sobre a programação de lançamento?

Claro! No dia 15 teremos a participação do Coral Menino Jesus de Praga, da cantora Lorena Soares, da Banda de Música Santa Cecília e do Coral da Apae. Nos dias seguintes, teremos a Banda de Música da Apae (Na Apae) e o grupo Arca da Alegria, nas escolas Menino Jesus de Praga e Professor Jairo Grossi.

Bonita esta homenagem ao Piter…

Estamos eternizando a passagem do Piter por aqui, através do livro, que conta a história da estrelinha Piter, que quis viver alguns anos aqui na terra, como humano e, depois de 52 anos de muita amizade, alegria e encantamento teve de voltar ao céu estrelado, para brilhar para sempre sobre a cidade que tanto amou.

E o livro de crônicas? João na capa novamente?

Sim (risos). Este volume traz novamente o meu João na capa e é uma coletânea dos melhores textos publicados no último ano no DIÁRIO DE CARATINGA, com um ou outro texto inédito. Este volume também ajuda a eternizar a figura de João Henrique, através do texto “Nasce uma Estrela”, falando de sua linda trajetória em nosso meio.