DEDEL, O TÉCNICO

O técnico Dedel celebra resultados (Foto: arquivo)

Conheça a história do goleiro que se reinventou após lesão e se tornou um dos treinadores mais destacados na região

 

CARATINGA- Whederson José Lopes, conhecido como Dedel. Teve atuação destacada como goleiro, defendendo grandes clubes como Esplanada e Bairro das Graças. Nessa época já demonstrava espírito de liderança. Pendurou às luvas ainda jovem, mas, antes conquistou pelo Bairro das Graças, o título de 2008 defendendo o gol do Baleia. Era o início de uma nova jornada como técnico. Somente de 2009 até este ano de 2024 foram 25 conquistas com equipes lideradas por ele sendo campeãs ou vice-campeãs.

Em entrevista ao DIÁRIO ele comenta sobre a carreira, os resultados positivos e já está à disposição para 2025, em busca de comandar mais títulos.

 

Você era considerado um ótimo goleiro. Por que a decisão de se tornar treinador após a conquista do título de 2008 pelo Bairro das Graças?

Essa posição de goleiro, por si próprio, já exerce uma liderança, né? Onde está de frente para o jogo, olhando os erros, os acertos do grupo, do time, enfim. E após esse título que conquistei em 2008, que foi de grande expressão na minha vida, e por ser goleiro, que já nasce com essa liderança. Infelizmente, um momento da minha vida em 2009, fraturei o braço e tive de ficar de molho, parado. Aí recebi um convite da Amatonense, que despertou interesse e ao passar do tempo jogando sempre, tinha uma lesão no quadril e fiquei um pouco impossibilitado de jogar. Mas, Deus me honrou de forma diferente e não me deixou sair do e comecei a dar essa sequência de treinador, né? Deus tem me honrado, tem me capacitado e vou superando os obstáculos do dia a dia e conseguindo chegar a alguns finais.

 

Como sua experiência como goleiro contribui para sua atuação como treinador?

Contribuiu muito em questão de exercer minha liderança, né? Em todos os times que joguei, onde participei, onde conquistei títulos, toda a vida fui exercendo a liderança boa. Goleiro é uma posição um pouco complicada, onde não pode errar de forma alguma. E treinava muito, me cobrava muito.  E na minha época, os jovens que já estavam comigo, os colegas, já entendiam, além de eu ter cobrança para mim mesmo, cobrava eles também. E foi aí que despertou esse interesse de ser treinador mesmo. Por não poder jogar e estar atribuindo, não sair fora do futebol.

 

O treinador sofre tanto quanto o jogador?

Sofre pra caramba, viu? Todo jogador tem sua responsabilidade. Na minha opinião, quando ganha o jogo, é lógico que o treinador tem sua parcela de contribuição, mas isso é normal do torcedor entender que os jogadores são destaque, né? Às vezes acaba o treinador não tendo tanto mérito, aos olhos de algumas pessoas que às vezes podem ser leigas um pouquinho no assunto. Mas é um sofrimento e é uma dificuldade, gerir grupo não é fácil não. Isso não é pra qualquer um. E a gente tem que ter um jogo de cintura bacana e agradável.

 

Qual foi a partida mais marcante de sua atuação como treinador?

A partida mais marcante da minha vida foi em 2022, Esporte Clube Santa Bárbara e Sevale, onde, semifinal da competição da LCD, nós fomos até Vargem Alegre, perdemos de 1 a 0 e voltamos no jogo em casa, em Santa Bárbara do Leste. Aos 43 minutos do primeiro tempo, tomamos o gol e vimos um nível de dificuldade. Voltamos para o intervalo, uma conversa onde todos amadureceram a ideia e entenderam a logística da comissão técnica, entenderam o diálogo e nós conseguimos reverter esse placar. Praticamente foi uma final antecipada entre Tubarão e Sevale. E nós conseguimos reverter essa situação e chegar a grande final contra a Sociedade Esportiva Limoeiro, o Limão Doido. Nós conseguimos essa virada histórica.

 

Da sua carreira como treinador de 2009 a 2024, foram 25 conquistas de campeão ou vice. A que você atribui esse desempenho?

É fantástico, maravilhoso poder colaborar, contribuir, principalmente na cidade de Caratinga, que é gigante, o futebol amador. Uma expectativa muito boa que possa melhorar esse próximo ano de 2025. E essas conquistas, agradecer a Jesus e a gente manter o foco, a humildade sempre, né? Porque a questão de estar em alguns grupos com jogadores fantásticos, de nível altíssimo e tem como exemplo o Tubarão e os outros times que trabalhei também, a gente vai conversando levando alguns atletas. A gente atribui isso aí muita questão da humildade, da simplicidade de poder trabalhar e as pessoas confiarem no trabalho que está sendo bem feito, graças a Jesus. Indiferente de ter conquistado o título ou ficado em segundo lugar como vice-campeão nós estamos chegando a final, o trabalho está sendo bem feito.

 

Qual a principal virtude que um treinador deve ter para conquistar o grupo de trabalho?

Na minha humilde opinião, um treinador tem que ter humildade, simplicidade, dividir as tarefas com grupo. Cada grupo a gente observa e vê que tem atletas com liderança fora do comum. Então, a gente vem trabalhando com humildade, simplicidade e isso agrega muito a questão de conquistar o grupo, das coisas que estão sendo feitas com simplicidade, porém com muita responsabilidade. Isso é o fator principal. A humildade conta muito nesse quesito.

 

Quais são os projetos para 2025?

Então, os projetos para 2025, a gente aguarda alguns convites para algumas determinadas competições e deixar Deus agir. Deus sabe todas as coisas.  O que pode acontecer, mas continuar com a mesma proposta de trabalho, com a mesma simplicidade, minha humildade para as coisas dar certo. E a cada dia que passa, a cada semana que passa, a cada mês que passa, ano, a gente procurar aprimorar e aprender cada vez mais. Isso que é mais importante, que venha 2025, que Jesus possa continuar honrando, abençoando e a gente sempre trabalhando no futebol e conquistando essa vaga para a final e tentar ser campeão novamente.

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