O caminhoneiro Marcelo Alves Mizael, de 36 anos, foi preso em Caratinga na companhia de Ederval Ferreira Gomes, o Zói, de 21 anos
IPATINGA – A Polícia Civil avança nas investigações em relação ao homicídio que vitimou Alexandre Augusto Siqueira, de 39 anos, na noite de domingo (21), na avenida Principal de Lagoa do Pau, distrito de Jaguaraçu. O caminhoneiro Marcelo Alves Mizael, de 36 anos, foi preso em Caratinga na companhia de Ederval Ferreira Gomes, o ‘Zói’, de 21 anos. Os dois são acusados de envolvimento com o crime.
Nesta terça-feira (23), o delegado de Polícia Civil, Jorge Caldeira, confirmou que os dois acusados foram autuados. O delegado informou que a apuração indica que Marcelo teria ficado ao volante de um veículo. Já Ederval teria descido e efetuado os disparos contra Alexandre. Na sequência, Marcelo teria iniciado a fuga junto a Ederval. No momento da prisão, em Caratinga, Marcelo estava ao volante.
“A princípio, os dois foram autuados, Ederval pelo homicídio qualificado por motivo fútil, e o Marcelo pelo favorecimento pessoal, por ter dado fuga ao atirador. Neste caso, Marcelo não fica preso por ser um crime de menor potencial ofensivo. Contudo, isso não impede de, no término das investigações, nós chegarmos a outra conclusão, que o Marcelo tenha participado efetivamente no crime de homicídio. Mas, no primeiro momento, foi este enquadramento que vislumbramos”, detalhou Caldeira.
Conforme relatou o delegado, a apuração aponta que a vítima saiu do bar e foi até sua casa, onde teria se armado com algum objeto. “Segundo informações que nós temos, uma das testemunhas oculares do fato teria desarmado a vítima após ela ter sido atingida com os disparos. Estas são informações que estamos checando ainda. Pode parecer um fato simples, mas existem outras circunstâncias que devem ser avaliadas”, observou Jorge Caldeira.
O delegado acrescentou que diversas informações foram levantadas a respeito da vítima, indicando que Alexandre tinha comportamento agressivo e violento. “Por outra linha, temos informações que Alexandre já foi participante de uma igreja evangélica, inclusive, atuando como pastor. Tudo está sendo levantado no inquérito de investigação. Contamos com o apoio da população para as informações”, concluiu o delegado.
ENTENDA
A reclamação de um som alto em um bar pode ter sido a causa da discussão que gerou o homicídio na noite de domingo em Lagoa do Pau. Os envolvidos bebiam no bar da Inhazinha. O som do veículo de Marcelo, que estava acompanhado de Ederval, estava muito alto. Alexandre foi reclamar, pedindo para abaixar o volume ou desligá-lo. Não houve acordo e os três iniciaram uma discussão.
Alexandre foi para casa, mas o desentendimento não parou. Marcelo e Ederval entraram no carro e foram à residência do caminhoneiro, para tirar satisfação com a vítima.
Alexandre, ao perceber que os dois homens estavam nas proximidades, saiu de casa, falando para a sua namorada: “Tô indo ver se o Marcelo mata mesmo”. Ao descer as escadas, ele foi alvo dos tiros disparados pelo caminhoneiro. Os autores fugiram em seguida pela BR-381 em um Golf de cor preta, veículo pertencente a Marcelo, que foi interceptado pela polícia, em Caratinga. No veículo estavam um cartucho deflagrado e a arma usada no crime, um revólver calibre 38.
Atingido por três tiros, Alexandre foi socorrido e morreu antes de dar entrada no Hospital São Camilo. De fato, Alexandre já havia sido pastor evangélico, mas tinha deixado a Assembleia de Deus há alguns anos. Atualmente, ele trabalhava como representante comercial. O sepultamento do corpo de Alexandre ocorreu nesta terça-feira (23), em sua cidade natal, Curvelo.
Fonte: Diário do Aço