Margareth Maciel de Almeida Santos
Doutora em Sociologia Política
Membro do Instituto Nacional dos Advogados do Brasil/ RJ (IAB).
Em 13 de agosto de 1961 foi anunciado a construção do Muro de Berlim, conhecido como “Portão e Brandemburgo fechado”, um muro de pedra, pode-se dizer instransponível.
Os soldados do Exército Nacional do Povo e tropas de operários da comunista República Democrata Alemã obstruíram os caminhos para Berlim Ocidental. Essa época foi marcada por um duelo entre União Soviética e Estados Unidos, pelo modelo social supostamente mais adequado.
Do lado leste se encontravam os soviéticos, e do oeste os americanos, britânicos e franceses. A História nos conta que Berlim dividida foi o ponto central da disputa dos sistemas e foi com a queda do referido muro que essa era terminou. Ainda os estudos sobre a queda do Muro de Berlim nos revelam o fim da divisão existente entre as Alemanhas. O enfraquecimento do socialismo e todas as tentativas dos comunistas de colocarem Berlim inteiramente sob seu controle foram derrotadas. Essa derrota se deu diante da resistência dos Aliados ocidentais. É preciso esclarecer que a Alemanha Ocidental tinha a capital em Berlim Ocidental e era aliada dos Estados Unidos, enquanto que a Alemanha Oriental tinha capital em Berlim Oriental, e era aliada da União Soviética e com a construção do Muro de Berlim, não haveria a fuga de população da Alemanha Oriental. Hoje 13 de agosto de 2021 se comemora 60 anos do enfraquecimento desse conflito político e ideológico, que em 2009, Daniel Goldhagen nos conta em Worse than War que “esses regimes comunistas mataram mais pessoas do que qualquer outro regime”.
Quando se fala em comunismo até arrepio e me lembro do ex-presidente Lula. Não posso afirmar exatamente se Lula é comunista mas sei que sua bandeira é a “vermelha”. Além disso, o Blog do jornalista Reinaldo Azevedo, nos contou em 7 de dezembro de 2007, que “Lula discursou de forma descontraída, no evento de Governadores da Frente Norte do Mercosul, sobre o Fórum de São Paulo, primeiro encontro promovido na América Latina entre as esquerdas e que Lula revelou que foi a partir dali que começou a revolução das esquerdas na América do Sul que agora caminha para a América Central.” (veja.abril.com.br/blog/reinado/lula-exalta-a-esquerdizacao).
Ainda no referido Blog, em 07 de abril de 2007 que “o que aconteceu na América do Sul é um fenômeno político que possivelmente os sociólogos levarão um tempo para compreender, porque foi tão rápida a mudança”, afirmou”. (veja.abril.com.br/blog/reinaldo/lula-exalta-a-esquerdizacao).
Articula-se a isso a candidatura do petista Lula à presidência de nosso país, em 2022. Não podemos nos esquecer do Muro de Berlim, que com a sua queda enfraqueceu as ideais socialistas. É preciso olharmos com desconfiança para o projeto do PT em relação a mudança da sociedade, mas também não desejar uma reação super e ulltra conservadora que nos leve a uma nova ditadura. As reformas sociais são necessárias, os avanços para qualificar a vida de todos como digna, clareando as relações no sentido de resgatar a confiança nos indivíduos e nas instituições.
Dizem que a quantidade de dinheiro que sumiu em nosso país, enquanto o PT era a estrela que governava o Brasil é incontável. Será? Eu penso que todos os muros construídos em nosso país, seja para barrar o crescimento da educação, da saúde, da segurança, da moradia, enfim da dignidade da pessoa humana, devem ser destruídos, mas carrego em meu pensamento – PT nunca mais.
PAZ E BEM!