Livro de Marcos José Machado Coelho revela a ancestralidade de Adão Coelho e dos pioneiros de Bom Jesus do Galho
Por José Horta
DA REDAÇÃO – “Fale de sua aldeia e estará falando do mundo”, destacou o escritor russo Leon Tolstoi. E ao lançar o livro ‘A Ancestralidade de Adão Coelho – Uma Introdução à Genealogia das Primeiras Famílias Bonjesuenses’ (Editora Ixtlan), Marcos José Machado Coelho fala ao mundo como nasceu essa ‘aldeia’ chamada Bom Jesus do Galho. A obra tem como foco a figura do fundador do município. Afinal, Adão Coelho é muito falado, mas até, então, pouco se sabia sobre sua vida.
Influenciado pela avó Catarina, o caratinguense Marcos José Machado Coelho lança um livro que desvenda a história e a ancestralidade da família de Adão Coelho, reconhecido como o fundador do antigo distrito de Bom Jesus, atualmente a cidade de Bom Jesus do Galho. Após onze anos de pesquisa, o autor, pós-graduando em História e Cultura Indígena e Afro-brasileira, não apenas revela a genealogia de Adão Coelho, mas também traz uma introdução à genealogia de outras famílias pioneiras, incluindo a transcrição do testamento de João Caetano do Nascimento, um dos fundadores de Caratinga.
Conforme o autor, o livro ilustra a composição multicultural do povo brasileiro, evidenciando a contribuição dos ancestrais africanos, indígenas e europeus na formação da identidade regional.
Este trabalho, financiado integralmente pelo autor, é lançado em celebração aos 80 anos de emancipação do município, completados no próximo dia 31 de dezembro.
“Por meio da análise de processos de inventário e embargos, foi possível esclarecer dúvidas quanto às datas dos primeiros fluxos migratórios e às origens de algumas das primeiras famílias que se estabeleceram na região”, explica Marcos, acrescentando que “nomes de personagens que desbravaram as matas e contribuíram para as conquistas locais foram resgatados, como Domingos e Simeão, dois trabalhadores que cultivaram as terras onde hoje se ergue a sede da cidade e que, por terem sido escravizados por Adão Coelho, podem ter construído a primeira capela dedicada ao Senhor Bom Jesus”.
O escritor português José Saramago disse que “no interior da grande cidade de todos está a cidade pequena em que realmente vivemos”. Situando a frase, por mais que as pessoas tenham saído de Bom Jesus do Galho, Bom Jesus do Galho continua vivo dentro dessas pessoas. E ‘A Ancestralidade de Adão Coelho – Uma Introdução à Genealogia das Primeiras Famílias Bonjesuenses’ conta para essas pessoas como tudo começou. Afinal, como escreveu José Guimarães, autor do hino da cidade: “Meu berço, meu agasalho/É você Bom Jesus do Galho”.
O senhor é caratinguense, por que escolheu desvendar a história da criação de Bom Jesus do Galho?
Meu pai é bonjesuense. Minha avó e seus cinco filhos mudaram para Caratinga no final da década de 60. Os irmãos de minha avó continuaram a residir em Bom Jesus, razão pela qual nossa família sempre cultivou uma relação estreita com a cidade. Foi lá que passei minhas férias durante a infância e adolescência. Das lembranças afetivas que guardo e das histórias que ouvia, desenvolveu-se meu afeto por aquele local.
Como sua avó Catarina influenciou para que esse livro ganhasse vida?
Eu era uma criança curiosa, e minha avó apreciava contar histórias. Desenvolvemos uma relação que se fortaleceu ao longo dos anos, e, quando tomei consciência de que as histórias possuíam um valor mais significativo do que simples entretenimento, comecei a registrá-las. Minha avó passou boa parte de sua vida em Bom Jesus, residindo inicialmente na zona rural e, posteriormente, por alguns anos, em uma casa próxima à igreja matriz.
Acredito que minha curiosidade tenha sido, de certo modo, herdada dela, pois seus relatos sobre as conexões familiares e as origens das famílias de Bom Jesus do Galho se mostraram precisos quando confrontei com a pesquisa documental. As perguntas que não foram respondidas por ela, eu passei a buscar nos registros, aprofundando a pesquisa que resultou no livro. Sou feliz por publicar o livro no ano em que se comemora os oitenta anos de emancipação política da cidade e por ter entregue o primeiro exemplar a minha vó que em março completará 99 anos.
A figura chave do livro é a de Adão Coelho. Descreva-nos quem foi essa pessoa?
O nome de Adão Coelho despertava minha curiosidade. Os registros existentes sobre esse personagem enigmático resumiam-se à construção de uma capela dedicada ao Senhor Bom Jesus, após sua suposta cura, e à sua subsequente doação, o que o fez ser considerado o fundador da cidade. Foram anos de pesquisa para estabelecer as conexões necessárias e compreender que Adão utilizava cinco variações de nome.
A confirmação final só foi possível após o lançamento do livro escrito pelo ex-prefeito da cidade, o senhor Anacleto Justino de Gusmão (feito em parceria com o professor Francisco José da Silva), que mencionou o casamento de um filho de Adão. Além disso, a descoberta do processo de inventário revelou uma das variações do nome que ele mais utilizava: Adão José de Castro, sobrenome que herdara de sua família materna.
No ano de 1850, em um cadastro eleitoral, Adão declarou ter 38 anos. Na época, já era casado com D. Clara Maria e residiam em São Sebastião dos Aflitos, hoje cidade de Ervália-MG. Em 1856, Adão registrou terras no Sacramento, região onde hoje se localiza a cidade de Bom Jesus, eram estimadas em três sesmarias. O primeiro registro de Adão como morador nessas terras é um crédito passado por ele no ano de 1868. Ele viveu por um curto período nas terras do Sacramento, faleceu em dois de junho de 1874, deixando a viúva e dez filhos.
Em se tratando da ancestralidade de Adão Coelho e pioneiros de Bom Jesus do Galho, sua família tem ligação com Adão Coelho. Poderia nos explicar essa ligação?
Não existia uma tradição oral que estabelecesse relações de parentesco entre as famílias. O sobrenome Coelho, sendo relativamente comum, não constituía um fator determinante para que eu me dedicasse à busca por ligações. A descoberta ocorreu recentemente quando minha árvore genealógica da linhagem deste sobrenome já estava “pronta”, e ao descobrir os pais de Adão, a conexão foi estabelecida, uma vez que ele era irmão de meu tetravô.
Minha avó, Catharina Cassemira, é filha de Sebastião Pinto Coelho, este por sua vez filho de Domingos Pinto Coelho, filho de Francisco Pinto Coelho, e este irmão de Adão. Os quais eram filhos de Francisco Coelho Ferraz e D. Suzana Maria de Castro.
Além de Adão Coelho, quais outros pioneiros deixaram seus nomes na história de Bom Jesus do Galho?
Destaco três nomes de relevância para a história de Bom Jesus do Galho e também para a história regional: O primeiro é o do Sargento João José dos Reis, que adquiriu por posse terras no Sacramento Grande, hoje Quartel do Sacramento. Sua origem, inicialmente incerta, foi esclarecida por meio do óbito de um filho, indicando que eram procedentes de Santana do Alfié, distrito de São Domingos do Prata-MG. Uma descoberta significativa foi a localização dos registros das terras do Sacramento Grande nos livros daquele distrito em 1856, uma vez que os registros das terras limítrofes eram feitos no livro de Abre Campo, freguesia à qual a região pertencia naquele período. Em segundo o Capitão João José da Silva, cujo nome também aparece nos registros históricos de Caratinga. Ele obteve terras por posse em 1847 e realizou compras em várias localidades na região de Bom Jesus, possuindo terras no Vermelho, no Galho e no Sacramento Grande. O capitão, natural de Conselheiro Lafaiete-MG, era filho do Capitão Manoel Francisco de Oliveira e D. Anacleta Maria de Siqueira. Era casado com D. Ana Maria do Nascimento, mas sua numerosa descendência, não foi somente por via legítima, deixou vários filhos com cinco mulheres por ele escravizadas, todos reconhecidos em seu testamento, o qual transcrevo no livro. E por último João Caetano do Nascimento.
O livro contém a transcrição do testamento do João Caetano do Nascimento. Como ele influenciou para a criação de Bom Jesus do Galho?
João Caetano é reconhecido como um dos fundadores de Caratinga, mas escolheu a Fazenda Santo Antônio em Vermelho Velho como sua moradia. Seu nome aparece como posseiro de terras no Ribeirão Vermelho em 1846, registradas em 1856, juntamente com registros de terras em outros locais. Nos registros, figura como proprietário e confrontante de terras que atualmente pertencem ao município de Bom Jesus. Na data de seu óbito, ele ainda possuía terras no Sacramento. A soma de suas terras no processo de inventário em 1867 foi estimada em quatro mil alqueires, um número expressivo que condiz com o título de desbravador. João Caetano faleceu em março de 1867 durante uma viagem à região de Mar de Espanha, ditando seu testamento no distrito do Espírito Santo, o qual apenas assinou devido à moléstia que sofria.
A história de vários municípios da região mostra uma forte disputa política e traços do coronelismo. A história de Bom Jesus do Galho foge à regra ou mantém todos esses traços?
Especialmente no recorte temporal de minha pesquisa ocorreu um litígio envolvendo o fundador, Adão Coelho, e o Tenente José Antônio da Silva Coutinho. O resultado desta disputa por terras influenciou na localização de Bom Jesus. No livro, abordei dois processos de embargo envolvendo Adão e Coutinho por serem ricos em informações. Em resumo, ambos tratavam da disputa por uma “sorte” de terras que, no inventário de Adão, foi calculada em 55 alqueires. Ao mudar-se com a família de Ervália para o antigo Sacramento, Adão encontrou parte de suas terras sendo cultivadas pelo Tenente Coutinho. Mesmo assim, escolheu aquele local para a construção da sede. Destruindo as plantações do Tenente, ergueu uma construção que, pouco tempo depois, segundo os depoimentos, foi destruída pelos escravizados de Coutinho, por sua ordem. Ambos os envolvidos apresentaram documentos, alegando direitos às terras por meio de compras da família Lana. Mas, conforme mencionado no livro, não me preocupei em definir os culpados pela confusão que originou os processos, mas sim em compreender que o litígio foi determinante para a localização da cidade de Bom Jesus. Adão não cedeu a posse, mas desistiu de estabelecer sua sede naquele local vizinho a Coutinho, instalando-se em outras terras que possuía, lugar onde hoje se localiza a cidade. Em 1875, ano em que Adão foi inventariado, a construção da nova sede ainda estava por ser concluída.
Seu livro foca qual período histórico de Bom Jesus do Galho e por que dessa escolha?
Na segunda metade do século XIX, período em que o fluxo migratório para a região se intensificou, incluindo a chegada de Adão e sua família em meados de 1868.
Foram onze anos de pesquisas até a conclusão do livro. Durante esse trabalho, quais descobertas mais lhe chamaram atenção?
O acesso aos processos de inventário de Adão e aos processos de embargo foi fundamental para esclarecer dúvidas relacionadas às relações de parentesco e à questão da data de fundação do município. O histórico do IBGE afirma que a fundação do núcleo ocorreu em 1880, quando Adão Coelho adquiriu uma grande área de terras, o que não se comprovou, pois, conforme o inventário, Adão faleceu em 1874. Em uma consulta ao acervo do Núcleo de Documentação e Estudos Históricos – Padre Othon Fernandes Loures – NUDOC, por meio de um livro escrito pelo Padre Othon F. Loures, descobri um relato escrito trinta anos depois, devido à visita do Bispo Dom Silvério Pimenta em 1904. Em passagem por Bom Jesus esteve na “capelinha”, informando que ainda estava em começo. A tecnologia tem auxiliado na divulgação de documentos até então desconhecidos. Acredito que muitas informações novas surgirão, e outras dúvidas poderão ser sanadas.
Qual foi sua principal fonte para este livro?
O censo de São Francisco do Vermelho, realizado em 1864, que recenseou as famílias pioneiras na região e os registros de terras datados de 1856, ambos sob a guarda do Arquivo Público Mineiro. Também foram consultados os processos criminais, de divisão de terras e de inventário, que foram digitalizados e disponibilizados pela Coordenação do Arquivo Permanente (COARPE).
Como se deu o crescimento de Bom Jesus do Galho e como foram os primeiros fluxos migratórios?
Por meio do cruzamento de dados provenientes de diversas fontes, elaborei uma lista com vinte famílias que se estabeleceram na região entre as décadas de 1830 e 1860. Simultaneamente, analisei a procedência de algumas outras que constaram no censo realizado em 1864, observando que a maioria delas provinha das localidades de Viçosa, Araponga, Ervália, São Miguel do Anta, Pedra do Anta e Paula Cândido. Destaco também a chegada de famílias oriundas de outros três lugares: Conselheiro Lafaiete, onde nasceu e viveu parte da vida o Capitão João José da Silva; Santana do Alfié, com a mudança do Sargento Reis para a região do Quartel; e Ponte Nova, com a chegada das famílias Nascimento e Lana. Conforme afirmava minha própria avó, o fluxo migratório intensificou-se à medida que parentes provenientes das mesmas localidades chegavam a convite dos já estabelecidos, mantendo-se esse padrão até o século XX. Um exemplo concreto é o caso de meus bisavós, que se mudaram de Ervália para Bom Jesus em 1913.
O livro ilustra a composição multicultural do povo brasileiro, evidenciando a contribuição dos ancestrais africanos, indígenas e europeus na formação da identidade regional. Como se deu essa composição multicultural em Bom Jesus do Galho?
Na linhagem da família Coelho, ramo em comum que tenho com Adão Coelho, existem ancestrais das três etnias. Há alguns anos, realizei um teste de DNA específico para o resgate étnico, o qual fornece percentuais compatíveis com as regiões/países em todo o mundo. Conforme esperado segundo os relatos de minha avó, nossa família carrega o sangue indígena, africano e europeu. Os percentuais obtidos através do exame foram comprovados e se mostraram coerentes com a pesquisa documental. A bisavó de Adão e minha heptavó, chamada Andreza de Brito, era indígena e serva ou administrada, termos utilizados na escravização dos indígenas. Outras duas bisavós do fundador e também minhas heptavós, Antônia de Oliveira e Maria de Brito, tinham origem africana. Através da análise e confrontação dos resultados de DNA, foi possível concluir que a origem de uma delas seria queniana. Meu próximo objetivo é aprofundar a pesquisa genética, utilizando-a como uma ferramenta para identificação dos lugares de origens desses ancestrais com registros documentais escassos. Dessa forma, o resgate histórico e cultural poderá ir além do que ainda acontece, que é o de resumir o indígena numa cultura única ou o ancestral escravizado como um africano. Quando alguém é questionado sobre a ancestralidade, é incomum ouvir daqueles que descendem de europeus dizerem que descendem de europeus, vão responder que descendem de italianos, alemães, portugueses, espanhóis, e cada país tem suas peculiaridades e traços culturais únicos mesmo estando geograficamente tão próximos. Da mesma forma ocorre no continente africano e com os povos originários. Não podemos reduzi-los a uma única categoria ou grupo social. A riqueza cultural de cada povo, de cada país é única, e para resgatá-la e preservá-la é necessário chegar o mais próximo possível das regiões e grupos que nossos ancestrais pertenciam. A ideia de trabalhar isso no livro é incentivar que as pesquisas passem a utilizar as novas ferramentas disponíveis nesse sentido e que cada origem ancestral seja valorizada da forma que deve e sempre deveria ter sido.
Sua obra resgata nomes de personagens que desbravaram as matas e contribuíram para as conquistas locais. Quais são esses personagens e quais suas contribuições?
Resgatar nomes não registrados ou apagados da história, não porque esses indivíduos não tenham tido importância, mas porque a história tende a registrar predominantemente as classes dominantes, que têm o domínio sob a escrita e o espaço de fala. Um exemplo são dois personagens que só pude identificar por meio da consulta ao processo de inventário de Adão. No rol de bens do inventário de Adão, constam dois escravizados: Domingos, africano de cinquenta anos, e Simeão, crioulo de vinte anos. Pode-se inferir que Domingos e Simeão possam ter construído a primitiva capela, a pedido de Adão ou de seus filhos. Contudo, o que é certo e inegável é que esses indivíduos, assim como os escravizados por outras famílias pioneiras, foram responsáveis por abrir picadas nas matas fechadas, cultivá-las e sustentar todo um sistema, sem receberem nada em troca. Infelizmente, essas contribuições são frequentemente desvalorizadas e esquecidas.
A obra pode ser classificada, além de um trabalho de história, mas também como algo sociológico e antropológico?
A breve introdução adentra os domínios sociológicos e antropológicos, estabelecendo correlações históricas de maneira poética e em prosa, com o intuito de abordar as diferenças culturais entre os três grupos étnicos que constituem a base da genealogia estudada. Nesse contexto, conduzo o leitor a uma reflexão sobre pontos cruciais ao longo de uma linha cronológica, os quais continuam a impactar nossa realidade enquanto mineiros e brasileiros. Ao explorar as diferenças culturais entre o indígena, o africano e o europeu, destaco, por exemplo, a contraposição na construção de embarcações. Enquanto o indígena concentrava-se em soluções práticas para sua locomoção e transporte essencial, com a construção da canoa, o europeu, por sua vez, investia na construção de embarcações monumentais visando explorar o desconhecido, impulsionado pela exploração e transporte associados ao lucro e ao capital. É crucial compreender que rotular culturas como mais evoluídas com base em inovações tecnológicas ou nos resultados do PIB é um equívoco. Portanto, é necessário explorar a percepção diferente que o indígena e o africano tinham e ainda têm em relação aos exploradores, desafiando a tendência de associar evolução unicamente a esses parâmetros. Ainda em prosa, busquei levar o leitor a refletir sobre a escravização dos indígenas, a questão dos estupros, a retirada dos filhos do seio materno e as rupturas culturais resultantes da exploração desses grupos.
O hino do munícipio diz: “Bom Jesus do Galho você tem um “que”/Que faz a gente gostar de você”. Dentre suas pesquisas, o senhor encontrou esse ‘que’. Ou seja, o que mais gostou de saber sobre Bom Jesus do Galho?
Acredito que esse “que” terá um significado único para cada bonjesuense e para aqueles que mantêm algum vínculo com a cidade. Para mim, Bom Jesus é um local acolhedor, onde vivi bons momentos e onde me sinto conectado à ancestralidade. Quando ouvia os relatos de minha avó, viajava com ela em suas memórias e, por afinidade, parte de minha identidade tornou-se bonjesuense.
SERVIÇO
Obra: “A Ancestralidade de Adão Coelho – Uma Introdução à Genealogia das Primeiras Famílias Bonjesuenses’ (Editora Ixtlan)
Autor: Marcos José Machado Coelho
134 páginas
Link para compra do livro: https://livrariaixtlan.com/produto/a-ancestralidade-de-adao-coelho-marcos-jose-machado-coelho/
Valores: R$ 15,00 (e-book), R$ 30,00 (livro impresso)
O livro também pode ser adquirido com o autor, através do e-mail: [email protected]
O livro está à venda na Papelaria Centauro, em Bom Jesus do Galho.

Existe uma imagem que é creditada como feita entre o final do século XIX e início do século XX. A imagem, de propriedade do acervo do senhor Ari, foi danificada pelo tempo. O artista Amantino Campos reproduziu em tela essa imagem, onde mostra a capela construída por Adão Coelho em cumprimento de sua promessa. A capela era muito pequena, coberta de sapé e localizada no mesmo lugar onde se encontra o santuário do Senhor Bom Jesus

Marcos José Machado Coelho é pós-graduando em História e Cultura Indígena e Afro-brasileira (foto: divulgação)

Ao ouvir as histórias contadas pela avó Catarina, Marcos teve a inspiração para escrever o livro (foto: arquivo pessoal)