* Laneri Diana da Silva
Os conceitos culturais de um povo norteiam a abordagem linguística de uma determinada região ou grupo. As línguas como algo vivo e inacabado permitem ao falante uma aproximação entre a maneira como vivem e a maneira como se mostram ao mundo exterior. Assim, torna-se crucial o estudo, bem como o conhecimento das demonstrações culturais como fator componente das estruturas que formam os idiomas.
Entende-se por cultura todo instrumento de expressão do homem e de sua comunidade, podendo ser observada na forma de as pessoas se expressarem, na forma de pensamento, na resolução de problemas, na forma de organização de um grupo, assim como em suas músicas, comidas, maneira de se vestirem e muito mais. A língua de um povo se faz instrumento de demonstração dessas manifestações. Como algo inseparável língua e cultura são para os professores de linguagem um campo amplo que deve ser abordado em aulas do dia a dia com o intuito de unificar vivências dando sentido às aulas do currículo escolar.
Não se pode ter o domínio de uma língua sem conhecer a cultura na qual ela está inserida. Portanto, torna-se essencial para os professores de idiomas abordarem os aspectos culturais como ferramenta de ensino aprendizagem do idioma trabalhado, contribuindo, assim, para a aquisição do conhecimento linguístico e pessoal do aluno.
Atualmente o relacionamento entre pessoas de diferentes culturas é cada vez mais necessário, evidente e notório. As interações culturais não se limitam às relações internacionais, podendo ocorrer dentro de um mesmo país, pois convivemos dentro de uma grande diversidade cultural.
A sociedade atual está cada vez mais multicultural, por muitas razões. O próprio acesso ao ensino da Língua Estrangeira serve de exemplo, seja com as questões de trabalho ou com o turismo, praticamente não existem fronteiras para essas relações. Não é difícil, mesmo em cidades pequenas, observar um número grande de alunos cada vez mais novos iniciando os estudos de um segundo idioma.
Torna- se preciso compreender que cada cultura tem seus padrões próprios de comportamento que fazem sentido para os integrantes de cada uma delas, mas para alguém de outra comunidade podem parecer estranhos, quando, na verdade, o que falta é conhecimento desses diferentes padrões e o julgo dessas culturas diferentes não podem acontecer tendo nossa própria cultura como base.
No estudo de idiomas encontram-se as mesmas características. Não se pode simplesmente converter os vocábulos tendo como base o vocabulário materno, em outras palavras, a “tradução” de um segundo idioma deve respeitar fielmente o contexto em que está inserida determinada palavra. Portanto, entender aspectos culturais ajuda a compreensão notória do que se está lendo ou ouvindo.
Assim, faz-se necessário e urgente que o professor de Língua Estrangeira se mantenha informado e confiante em relação ao estudo cultural de países que tenham o idioma estudado como idioma padrão, para assim, mostrar aos seus alunos como se faz real o uso das diversas regras, expressões e gramáticas estudas dia a dia nas salas de aula.
Entende-se nesse contexto a comunicação como uma necessidade entre os povos definida assim como uma ocorrência social, que precisa do uso de todos os recursos possíveis para que ocorra da maneira mais agradável para ambas as partes do discurso.
Dessa forma, mais do que somente uma língua em comum, é preciso que o aluno saiba identificar as intenções comunicativas do falante com base em suas experiência prévias, tendo o professor como agente mediador de transposição dos aspectos que compõem as várias culturas dos povos falantes do idioma estudado.
Laneri Diana da Silva Vicente. Pós-graduada em Ensino e Aprendizagem de Língua Inglesa. Professora de Língua Inglesa na Escola Professor Jairo Grossi. Professora do Centro Universitário de Caratinga. UNEC. Mais informações do autor(a)acesse: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.do?id=K8483837D6