João Marcos: Tá jogando muito hein!
Não é novidade pra ninguém que os EUA é um dos destinos preferidos dos brasileiros quando o assunto é tentar uma qualidade de vida melhor pra família. Com o caratinguense Gezimar não foi diferente. Criado no bairro Esplanada onde passou grande parte da vida, decidiu como muitos brasileiros ir tentar a vida nos Estados Unidos, porém, diferente de vários que deixam a família e vão para a América sozinhos, Gezimar Silva levou a família a cerca de quatro anos. Alguns amigos irão se lembrar que foi um bom jogador nos tempos de categorias de base no Verdão da Grota, depois atuando nos veteranos. Franzino, porém habilidoso e inteligente. Mas, quem anda fazendo sucesso na terra do tio Sam, é seu filho João Marcos. O jovem de 18 anos, tem sido o destaque do time de sua escola Falmouth High School. Todos sabemos como o esporte é levado a sério nas escolas americanas, delas, saem praticamente todos os grandes nomes do Basquete, Atletismo, Futebol Americano, ginástica, natação e tantas outras modalidades. Por isso João Marcos tem chamado tanta atenção. Ainda quando morava em Caratinga, o garoto foi treinado pelos técnicos Luizinho no futsal do América, e Nil do futebol de campo do Esporte Clube Caratinga. Aliás, todo orgulhoso, papai Gezimar faz questão de lembrar o ótimo trabalho de base feito com João no Brasil. Segundo o pai, os fundamentos do futebol, aliado ao talento e toda estrutura oferecida pela escola, fez o futebol de João se destacar nos EUA. Ele que era conhecido como “Periquito” nos tempos de base em Caratinga, começa a se despontar como João Marcos no soccer. Se mantiver os pés no chão, seguir se dedicando e levando a sério os estudos, o garoto tem tudo para ter um futuro brilhante. Estamos na torcida.
O Campeonato não acabou
Não tem como fazer qualquer análise da vitória do Flamengo por 2 a 1 contra o Internacional, sem dizer que a expulsão de Rodinei foi injusta. Um lance que no máximo seria cartão amarelo caso o árbitro tivesse entendido assim na hora do lance. Porém, chamado pelo VAR, achei que iria manter sua decisão. ERROU FEIO E EXPULSOU o lateral Colorado. Posto isto, o Flamengo que já tinha um domínio territorial, controlou ainda mais o jogo apesar da precipitação de Rogério Ceni em mudar completamente o lado direto do time. Depois para compensar o erro da expulsão, o árbitro anulou o gol de Pedro, dando falta num lance normal de dividida. O campeonato ainda não acabou. Afinal, o Internacional depende de vencer o Corinthians na última rodada (o que convenhamos é a lógica). Um empate do Flamengo ou derrota diante do São Paulo no Morumbi não é nenhum absurdo. Resumindo, o Flamengo foi favorecido por ter ficado com um jogador a mais é verdade, mas venceu também porque jogou muito bem, principalmente Arrascaeta.
Rogério Silva
@rogeriosilva89fm
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O que falta para o Brasil se tornar uma grande nação?
Somos um país jovem. Nossa democracia é recente. Quem é que nunca ouviu essas assertivas? Mas como falácias, essas afirmativas, que se somam a tantas outras, parecem que só servem para justificar o injustificável: a bagunça generalizada que nos acompanha a séculos, que se mostra na face mais cruel através das injustiças sociais: fome, miséria, educação de péssima qualidade, na falta de condições de vida digna e o pior, em muitos casos sem perspectiva reais de dias melhores.
Mas afinal, o que falta para o Brasil se tornar uma grande nação? Por que insistimos em manter um modelo político, social, econômico e jurídico, que insiste em se digladiar, como se fosse uma doença autoimune. Quem são os poucos que se beneficiam com esse tipo de sociedade? Por que insistimos no nosso fracasso? Por que não temos a coragem de encarar e fazer acontecer uma solução?
A percepção que tenho é que estamos sem rumo, sem destino, como um barco à deriva no reboliço do alto mar. Não conseguimos delimitar o certo do errado, independente de qual seja a situação ou pessoa envolvida; não conseguimos delimitar entendimentos, pois quem ameaça pode ser preso, mas quem mata pode estar solto; quem é honesto dificilmente vence na vida e quem se envolve em falcatruas quase sempre se dá bem; não conseguimos fazer da nossa riqueza uma forma de desenvolvimento social; não temos coragem de encarar os dilemas que enfrentamos, na verdade gostamos mesmo é de jogar a poeira para debaixo do tapete, por isso somos um país em que praticamente tudo acaba em pizza. E no fundo, pelo visto, gostamos mesmo é de nos justificar: eu faço porque todos fazem.
Assim, confundimos liberdade com libertinagem; furto com pegar emprestado; porrada com “só um tapinha não dói”; em vários casos tratamos pessoas como se fossem animais; poder com autoritarismo; justiça com migalhas; estamos chegando no absurdo de medir o amor Deus pelo bolso, e a Teologia da Prosperidade está aí como prova; vivemos uma era de assassinato de reputações e infinitos aplausos para os verdadeiros canalhas da nação. Enfim, as coisas estão tomando uma direção a cada dia mais tenebrosa, vexatória e desumana.
Não conseguimos apurar, punir e diminuir com eficácia a corrupção, o jeitinho, a malandragem. Se há corruptos, vendedores de sentenças, gente envolvida nos mais diversos tipos de crimes, principalmente delitos contra o povo, precisam ser extirpados, banidos de atividades públicas, enfim, punidos exemplarmente. Independente de qual poder e instância o sujeito seja.
Nosso país nunca será o país que queremos, enquanto nossos poderes só mostrarem suas caras, quando por algum motivo, forem incomodados, por pisarem nos seus calos e mesmo assim, para se defenderem, como excelentes corporativistas, pouco importando com o destino dos milhões de brasileiros. Pois se há gritos eles precisam ser averiguados.
Walber Gonçalves de Souza é professor e escritor