Quarta-feira passada uma prima nossa veio a falecer após vários anos de luta cerrada contra o câncer, assistida e bem tratada pela família e os melhores médicos da capital Brasília. Foram 71 anos e alguns dias de vida plena, servindo a sua família e a sociedade. Lembro dela ainda jovem, sendo escolhida como Miss de nossa pequenina cidade de Ijuí, RS.
Há cerca de mais de um mês nossa querida sobrinha Miriam D., da qual temos muitas saudades, sofreu aquele terrível acidente da queda do muro sobre seu carro, e sobre ela. Ela travou juntamente com toda a equipe do nosso amado Hospital Nossa Senhora Auxiliadora uma tremenda batalha, mas teve de partir também – era a hora dela.
Como todos, creio eu, temos tido acesso a muitas informações sobre a doença que está rodeando a todos no mundo – e, como sabemos, também está chegando a nossa cidade.
Como escola superior de Teologia, a Faculdade Uriel de Almeida Leitão, temos a oportunidade de refletir sobre diversos temas, inclusive e principalmente sobre a vida e as ameaças contra ela. A pergunta mais importante no momento, é simples: Qual é a melhor atitude que cada um de nós deve tomar? Como receber o que tiver de vir? Como se preparar, física e mentalmente?
Nunca pensaria em fatalismo. Outra forma – descobrir ou buscar o/s culpado/os. Isso de nada adiantará. Fugir, evitar de pensar, também não poderemos – o mundo se tornou muito pequeno.
Da Alemanha recebi uma mensagem na qual o autor projeta o problema no sentido de ser uma espécie de estratégia (de quem?) para manter o povo espalhado, disperso, pois juntos os menos desfavorecidos podem ser fortes e até poderiam ameaçar os poderes constituídos.
Muitas outras ideias, inclusive sobre precauções, sobre o que aconteceu na Italia, Espanha – onde o mal se espalhou rápido demais.
A mensagem, porém, que considero mais abalizada vem de uma congregação judaica. O Rabino dirigiu-se a seus paroquianos dizendo que ele tem a certeza de uma coisa, e conclama a todos os seus ouvintes para entrar com ele nessa mesma atitude: NINGUÉM PARTIRÁ DESTE MUNDO SE NÃO TIVER CHEGADO SUA HORA DETERMINADA POR AQUELE QUE DETEM CADA SEGUNDO DE NOSSAS VIDAS EM SUAS MÃOS.
É uma conclamação contra o medo, e de confiança e serenidade.
No pânico tudo se torna mais difícil. Quando porém confiamos em Deus, promovemos a paz e a harmonia, que são ingredientes mais que benvindos em se tratando da crise que atinge a todos.
A DOCTUM se solidariza com toda a população, fazendo todo o possível para cooperar no que for necessário e dentro das nossas possibilidades. Cremos de fato que superaremos mais esta grande barreira que se eleva em nossa frente.
Desde nossa fundação temos determinado e seguido nosso lema que “o mais importante é o ser humano.” É por isso que entramos no caminho da educação, pois ela verdadeiramente pode nos mudar, inclusive o nosso comportamento.
Nestes tempos, continuamos na nossa filosofia de educar, que é, sempre foi, e sempre será trabalho – muito trabalho, tanto do lado do aluno como da instituição.
Temos certeza que os resultados, os frutos não tardarão em vir. Inclusive no meio de uma crise como a atual. E nossas orações estão com todos vocês – Ele, o Deus de nossos pais, de Israel, prometeu nos guardar mesmo quando passarmos por vales escuros.
Portanto, nosso abraço a todos, e vamos ajudar um ao outro a tomar todas as providências e precauções. E não deixemos de confiar – cada um de nós está aqui para um propósito. Estamos todos no mesmo barco. E Deus está conosco!
Rev. Rudi Augusto Kruger
Diretor da Faculdade Uriel de Almeida Leitão, e Coordenador das Capelanias da Rede Doctum