Thelma Regina Alexandre Sales
“A paixão é ver o fogo
e querer brincar com ele”
Autor desconhecido
Ao se apaixonarem, homens e mulheres possuem perfis diferentes. Homens são mais propensos, apaixonam-se de forma mais fulminante, mas menos duradoura (em alguns costuma durar apenas horas). Já as mulheres são mais cautelosas, recorrem ao romantismo e se envolvem por mais tempo nesse sentimento.
Fisiologicamente, é a testosterona que regula a fase inicial do flerte entre homem e mulher. Apesar de ser o hormônio sexual masculino, ele está presente em menor quantidade no sexo feminino. Quando ocorre a paixão, a testosterona aumenta na mulher incentivando o aumento da libido e cai nos homens, deixando-o menos agressivo.
Em relação à idade, homens mantêm a capacidade de se apaixonarem por mais tempo. Uma vez que é regulada por hormônios, a paixão em mulheres na menopausa é mais rara.
E o que será que a nossa suposta alma gêmea tem que as outras pessoas não têm? Qual seria a relação entre amor, paixão e atração sexual? A paixão vira amor, ou simplesmente acaba e dela só restam boas lembranças?
Uma das teorias para que elejamos uma pessoa para se apaixonar e não outra é a de que sempre buscamos feromônios compatíveis.
Sinais bioquímicos de disponibilidade sexual, os feromônios são substâncias naturais e inodoras exaladas continuamente pelos animais através de poros, saliva, urina e outros canais. Na espécie humana, há inúmeras teorias que afirmam que os feromônios são essenciais para causar as primeiras trocas de olhares. Ainda assim, há quem dê mais crédito para a atração física.
Paixão, amor e atração sexual são três emoções que atuam em zonas distintas do cérebro. No entanto, suas fronteiras não estão bem definidas. Fato é que, em algumas situações, ocorre a dúvida se o sentimento é um ou outro.
A primeira etapa para formar um casal é a busca pela gratificação sexual urgente. É a ordem para ir à caça, com ação intensa da testosterona.
A paixão é a atração por uma pessoa em particular, aquela explosão química de sentimentos que eleva dopamina, endorfinas e demais componentes. Se correspondida, deve durar o tempo necessário para um conhecer o outro e ambos decidirem por dar sequência ao relacionamento, que, agora, será sustentado pelo companheirismo, pelo apego, pela vontade de dividir projetos, procriar e cuidar da prole. Se a paixão não é correspondida ou se apaga definitivamente, não há evolução para essa terceira etapa.
Por último, é possível bloquear a paixão?
Sim. Às vezes, diante de ansiedade, insegurança, medo ou até mesmo por um projeto de vida, algumas pessoas conseguem bloquear o processo ativando áreas mais racionais do cérebro, evitando correr riscos. O contrário também ocorre e, por vezes, é possível encontrar pessoas viciadas em paixão, que buscam um novo objeto de desejo sempre que os sintomas passam.
Thelma Regina Alexandre Sales – Nutricionista e Médica – Especialista em Psiquiatria – Especialista em Terapia Nutricional/SBNPE – Especialista em Nutrição Clínica/UECE – Especialista em Saúde Pública/UNESCO – MBA em Gestão de Negócios/UNEC – Mestre em Meio Ambiente, Saúde e Sustentabilidade/UNEC – Professora do Centro Universitário de Caratinga. Atua em Psiquiatria, Clínica Médica e Urgência.