ADMINISTRAÇÃO DE TEMPO OU DE VIDA?
Caro leitor, começamos hoje uma série de artigos que tratam especificamente do tema administração de tempo ou gestão de tempo, como alguns dizem. Diante de um tema tão vasto e complexo, pretendemos semanalmente responder algumas perguntas que viabilizarão a você, leitor, caso coloque em prática as dicas que serão exploradas, uma melhoria em sua produtividade profissional e pessoal. Nestes artigos trataremos o tema de forma prática e dinâmica. Cremos que de forma prática, com dicas diretas, daremos mais rapidez ao processo que hoje se inicia para o leitor que acompanhar a série TEMPO É VIDA.
A primeira pergunta que trataremos de responder é se administramos tempo ou administramos vida? A importância dessa resposta se dá pelo fato de muitas pessoas ainda acharem que apenas tentando aplicar técnicas diversas conseguirão, do dia para noite, solucionar o obstáculo da gestão de tempo. De fato as técnicas ou ferramentas são meios sem os quais seria impossível uma boa gestão de tempo. Mas a grande dificuldade da gestão do tempo não é o aprendizado de uma ou outra ferramenta, mas sim a decisão de usá-las até que tragam resultado visível na vida de quem as utiliza.
A primeira vista parece uma constatação óbvia, mas a conscientização desse conceito inicial é o pontapé para quem quer obter um real resultado em sua vida profissional e pessoal. A clareza de que não é o tempo, pois este pode ser apenas medido, e sim a vida que precisa ser modificada por meio de novos hábitos, começa a colocar você leitor em um novo trilho que leva a uma vida mais proveitosa, organizada, com metas a serem alcançadas e principalmente destinando mais tempo para aquilo que realmente importa.
Em uma pesquisa feita por Betânia Tanure de Barros e Fundação Dom Cabral, publicada na revista Exame do mês de maio de 2000, foi constatado que em um universo de 350 executivos de alto escalão em nosso país, cerca de 34,9% tinham como alvo de suas maiores preocupações o equilíbrio de energia gasta entre TRABALHO e FAMÍLIA.
A Grande verdade é que vivemos em um cotidiano no qual a frase que mais pronunciamos, mesmo sem percebermos é: “ESTOU NA CORRERIA!”, e essa cultura já impregnada em nossas mentes nos faz pensar que, correndo sempre, estamos produzindo mais, quando na verdade estamos correndo mais porque planejamos pouco e essa falta de planejamento seja ele anual, mensal, semanal ou diária, nos faz ficar sempre na correria e o pior, nossos chefes nos identificam como produtivos quando somos excelentes corredores ou apagadores de incêndios.
Porém a pesquisa acima nos mostra, em alto índice, que este desequilíbrio no trabalho afeta nossos relacionamentos com família ou amigos, que em contrapartida podem atrapalhar nosso desempenho no trabalho, formando assim um ciclo vicioso que em última instância nos traz doenças, nos deixando ainda menos produtivos e, por consequência, menos realizados profissionalmente.
Cabe a partir de agora pensarmos no que foi dito por Buda quando lhe foi perguntado o que mais o surpreendia na humanidade, e ele respondeu:
“Os homens que perdem a saúde para juntar dinheiro e depois perdem o dinheiro para recuperar a saúde. Por pensarem ansiosamente no futuro, esquecem o presente de tal forma que acabam por não viver no presente nem no futuro. Vivem como se nunca fossem morrer e morrem como se nunca tivessem vivido.”
Vamos encerrar por hoje tentando, durante esta semana, responder as seguintes perguntas: O que realmente é importante em nossas vidas? Quando completarmos 70 anos e olharmos para o passado, ficaremos felizes com nossas realizações? O que realmente importa está recebendo a devida atenção ou temos dedicado tempo ao supérfluo e improdutivo? O que significa felicidade para você? O que significa sucesso para você? É possível viver um equilíbrio entre vida profissional e vida particular? Se é possível, como fazê-lo?