E ainda nos imaginamos apenas como matéria, como seres sobreviventes nessa vida repleta de alegrias e infelicidades. Somos expostos a tragédias do cotidiano, a fragilidade de uma vida sensível, delicada, quando a qualquer momento podemos não mais existir por aqui. Somos frágeis demais para perdermos tempo com o pouco, o fútil, incertezas, maldades e tantas outras milhares de coisas desnecessárias para nós. O que precisamos para sermos felizes? Saúde, dinheiro, sabedoria, pessoas por perto? Entre tudo o que necessitamos, precisamos também da felicidade que vem de dentro para fora, da felicidade que vem de nós, felicidade pura e singular de cada ser, para podermos enfrentar os desafios de cada dia, para sermos apenas nós mesmos, felicidade de toda uma vida, de todo conhecimento e momentos experimentados, juntamente com a alegria e o amor que nos acompanha a cada dia.
Me pergunto sobre nossas perdas, o que deixamos e o que vamos perdendo sem saber, por fragilidade e falta de força para segurar o que é nosso. Existem perdas que são inevitáveis, e… devemos perder, é a lei da vida, mesmo sem aceitarmos o entender é essencial para continuar a viver, e simplesmente compreender a vida como ela é. O melhor a se fazer é tentar, e ser feliz, passando pelos obstáculos e sendo forte entre tantas tempestades inevitáveis, e agora sobre perdas evitáveis? Estas dependem de nós, de como encaramos o mundo, e como estamos agindo para que possamos mudar situações e comportamentos, depende de nós para que tenhamos uma vida melhor diante das atrocidades do mundo, diante das situações que nos envolvem e o que podemos mudar em nosso caminhar. Pense no que está de bom dentro de você e deixe florir…
(Eronise Manacés Soares – Psicóloga)