A Eucaristia é o centro da religião Católica Apostólica Romana. Ela encerra o corpo e o sangue de Jesus que recebemos na comunhão. É alimento de vida eterna que fortalece a alma na fé, na esperança e na caridade.
A Eucaristia foi instituída pelo próprio Jesus Cristo. Na quinta-feira santa, na noite em que ia ser entregue, durante a última ceia com os apóstolos, Ele tomou o pão e o vinho e disse: “Tomai todos e bebei. Este é o meu sangue. Tomando o pão, Ele o partiu dizendo: comei todos, este é o meu corpo. Fazei isto em memória de mim”. No evangelho de São João, em outro momento disse: “Quem come a minha carne e bebe o meu sangue terá a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia.”. As palavras que Ele pronunciou são as mesmas que os sacerdotes pronunciam no momento da Consagração. Desde, então, a Eucaristia é a parte central da Missa, distribuída a todos. Em memória do Cristo é que se repete todos os dias, atendendo o seu pedido.
Nos tempos mais antigos, a comunidade católica só podia comungar nos domingos e dias santos. E as crianças não comungavam esperando a idade adulta. O papa São Pio X, que dirigiu a Igreja de 1903 a 1914, era grande propagador e defensor da Eucaristia. De acordo com seus decretos os católicos puderam comungar todos os dias. Além de louvar e promover a comunhão diária para todos os fiéis, instituiu também a primeira Comunhão para as crianças que entendessem que na Hóstia está Jesus Cristo, isto é, estando no uso da razão. São Pio X afirmava que a comunhão é o caminho mais curto para o céu.
Muitos santos foram propagadores da Eucaristia. São Pedro Julião Eymard, grande apóstolo da Eucaristia, dizia: Na Sagrada Hóstia Jesus não está escondido, mas apenas velado.
São Pio de Pietrelcina, São Tarcísio, Beato Charles de Foucauld são outros nomes que fizeram da Eucaristia o centro de devoção e adoração.
A Igreja vive da Eucaristia, que é o Corpo e o Sangue de Jesus que desejou seja celebrado até o final dos tempos. Cada vez que se celebra a Eucaristia – disse São Julião Eymard – é como se abrisse uma janela no tempo e se repetisse aquele ato de entrega de Cristo na cruz.
Os milagres eucarísticos são inúmeros. Um dos mais conhecidos foi o que ocorreu em Lanciano na Itália. Quando o padre celebrante duvidou da presença de Jesus na Hóstia, ela se transformou num pedaço do corpo de Cristo. Cientistas do mundo inteiro visitaram o santuário e constataram que se trata da parte do corpo humano.
O maior milagre eucarístico, no entanto, acontece todos os dias no coração dos fiéis. Ao receber Jesus, os relatos são muitos sobre as graças que chegam. O bem que a Comunhão faz em cada um de nós, é só justificável pela presença real de Cristo em nós.
Agora o mundo está vivendo a terrível pandemia da Covid-19. Temos de manter o isolamento social para evitar aglomerações. Estamos cumprindo por ser o único remédio para evitar a propagação do vírus. A Igreja, sensível ao problema, permitiu que os católicos não assistissem missa e, por conseguinte, não podem comungar. Essa distância que estamos mantendo da Eucaristia tem provocado imensa tristeza e doído sacrifício. Quanta falta a presença de Jesus em nosso coração está fazendo! Quanta saudade de Jesus na Hóstia com seu toque divino e sublime.
Estamos rezando, e também o mundo inteiro, para que a Pandemia se acabe e que possamos voltar à vida normal. E o melhor será voltar a receber Jesus. Ele também deve estar com saudades de nós e, com certeza, vai nos dar o milagre do fim desse tempo de sofrimento. As próximas comunhões que fizermos serão um abraço infinito com louvores ao Cristo.
Marilene Godinho