O presidente da LCD, Paulo Afonso, disse que não medirá esforços para promover o Campeonato Regional novamente esse ano. Fico feliz com sua disposição. Porém, preocupado com a mentalidade de alguns desportistas que ainda não se deram conta que sem organização e planejamento as coisas não mudam. Infelizmente muitos dirigentes de times ainda pensam que a prefeitura tem obrigação de “bancar” o campeonato. Como tenho dito em todas as oportunidades, o Departamento de Esportes tem sim a obrigação de ser parceiro e apoiar o certame. Entretanto, os maiores responsáveis pela organização e promoção da competição são os clubes através da entidade que os representa. Desde que voltou a ser disputado em 2002, o Campeonato Regional só deixou de ser promovido em 2012. O motivo alegado foi exatamente o mesmo de hoje. Falta de apoio da prefeitura. Na oportunidade, não foi realizada também a tradicional Copa Distrital. Será lamentável, uma verdadeira derrota para nosso já tão combalido futebol se não tivermos o certame 2015. Espero por boas notícias esta semana.
Mineiro: Semifinal pegada
No sábado tivemos o confronto inusitado entre Tombense x Caldense. O zero a zero foi melhor para o time de Poços de Caldas que pode empatar novamente pra garantir vaga na decisão. Aliás, a Veterana tem um time mais técnico com jogadores mais experientes. Em casa, acho que ficará com a vaga.
Já o clássico foi pegado. Tanto de um lado como do outro não faltou disposição. Cada palmo de gramado era muito disputado. O Atlético com apoio da torcida, até tentou pressionar para inverter a vantagem cruzeirense. Porém, com uma determinação diferente na marcação, a Raposa complicou a tarefa do Galo. Em jogos tão equilibrados assim, os detalhes, e jogadores acima da média podem fazer a diferença. Foi exatamente oque aconteceu na jogada do gol alvinegro quando a bola passou por Guilherme e Dátolo até chegar em Carlos. No tento de empate cruzeirense, basta dizer que Arrascaeta demostrou um pouco do que se espera dele. Depois de uma linda “caneta” em Josué definiu a jogada como um veterano. Mesmo tendo somente vinte anos.
Agora é pensar na Libertadores antes da decisão da vaga no próximo final de semana. A missão azul teoricamente é mais fácil. Afinal, o Cruzeiro precisa de apenas um ponto pra avançar na competição. Resultado que pode ser conseguido contra o Huracán na Argentina. Por outro lado, o Atlético fez uma viagem mais longa para o México. Uma vitória contra o Atlas é vital para as pretensões na competição sul americana.
Sobrando reclamações
Que arbitragem é sempre um assunto muito polêmico, todo mundo sabe. Que nossos árbitros em sua maioria são fracos e muitas vezes prejudicam o espetáculo também. Tanto no clássico mineiro, quanto no carioca entre Vasco e Flamengo mais uma vez tiveram seus trabalhos contestados. Porém, na minha humilde opinião, pelo menos dessa vez estão exagerando nas reclamações. Na partida no Horto, o senhor Raphael Claus deixou o “pau cantar” e inverteu algumas faltas, isso é verdade. Errou ao não expulsar o zagueiro Leo do Cruzeiro, e acertou em cheio quando colocou Leonardo Silva pra fora depois desse agredir Leandro Damião. Entretanto, fico com a palavra de Levir Culpi depois do jogo. “não gostamos da arbitragem; mas nos lances capitais não prejudicou”, uma opinião bem mais sensata que a do presidente Nepomuceno que reclamou além da conta. Se serve de consolo, os cruzeirenses também não agradaram do homem do apito.
No Rio de Janeiro, o dono do apito foi o senhor João Batista Arruda. Mais uma vez um trabalho muito criticado. Afinal, a entrada violenta de Jonas sobre Gilberto do Vasco merecia ser punida com cartão vermelho direto. Os vascaínos têm motivos para as reclamações. Por outro lado, Dagoberto agrediu o zagueiro Bressan longe do lance da bola e nem advertido foi. Motivo para reclamações também do outro lado. Quando o cidadão consegue desagradar a todo mundo é porque realmente foi muito mal.
Rogério Silva