* Camila Beltrame de Souza Caldeira
Bondade é uma palavra oriunda do latim bonitate que possui, segundo o dicionário Michaelis, os seguintes significados: qualidade de bom, disposição natural para o bem, benevolência, brandura, indulgência, favor, mercê, cortesia, boa índole.
Filosofando um pouco sobre tal palavra, esta é um valor natural em minha humilde opinião. Até acredito que alguém que não seja bom por natureza possa adquirir tal qualidade ao longo da vida, mas é diferente aquele que nasce bom. Este possui alegria no olhar, luz no sorriso, calor nas mãos, carinho no abraço, força no aperto de mão. Este – como diz o velho ditado – faz o bem sem olhar a quem.
No mundo de hoje é comum presenciarmos a falta desse adjetivo nas pessoas. Temos visto cada vez mais a maldade, o egoísmo, a falta de cidadania e compaixão.
Engraçado poder exemplificar com minha própria experiência – que mesmo sendo pequena, tem me deixado perplexa. Sendo profissional da área de saúde, tenho me deparado com excessivas manifestações de agradecimento pelo simples fato de um “bate-papo” na beira do leito, ou uma satisfação acerca de um exame laboratorial. Isso a meu ver seria somente minha “obrigação” enquanto prestadora de serviço à pacientes que estão dependentes de meu atendimento.
Ao longo de minha vida sempre tentei fazer o melhor ao próximo. Confesso que isso é um tanto responsabilidade de pais que me educaram da melhor forma possível, sempre com muito diálogo, mostrando a mim e à minha irmã o que era o certo a ser feito; e que as pequenas coisas eram na maioria das vezes as mais importantes.
No curso da minha vida, após duas graduações pude vivenciar a gratidão daqueles que receberam um pouco de bondade. É praticamente natural a resposta – me fazendo crer na frase: faça o bem e receberás o bem em troca.
Um bom dia, um sorriso, ser simpático com os que estão à sua volta, ajudar, ensinar, doar coisas e palavras, ser caridoso, consolar quem precisa, ajudar o próximo a ser mais ativo, saber ouvir, ser paciente, mostrar apreço pelos que te cercam, enfim, amar, são atos que tornam a vida mais leve e mais doce; mais fácil e prazerosa de ser vivida.
Dalai Lama disse em uma de suas diversas citações que se queremos fazer alguém feliz, devemos praticar a compaixão. Mas que se, sobretudo, queremos ser felizes, que pratiquemos a compaixão.
Essa é minha dica de hoje, que tentemos ser melhores a cada dia, fazendo o melhor que pudermos pelos demais. Para isso basta você amar o que faz, o resto é consequência.
Como disse um dos maiores exemplo de amor e caridade já relatados Madre Teresa: “Não sei ao certo como é o paraíso, mas sei que quando morrermos e chegar o tempo de Deus nos julgar, Ele não perguntará quantas coisas boas você fez em sua vida. Antes disso Ele perguntará quanto de amor você colocou naquilo que você fez”.
Que façamos nosso melhor. Que saibamos ser melhor a cada dia. Fazendo o bem sem olhar a quem – o resto? O resto vem!
* Camila Beltrame de Souza Caldeira
Professora do Centro Universitário de Caratinga. Coordenadora do Curso de Pós Graduação Lato Sensu da UNEC. Graduada em Fisioterapia e Graduanda em Medicina pela UNEC. Especialista em Fisioterapia Cardiopulmonar pela UNAERP – Ribeirão Preto – SP.