DA REDAÇÃO – A Pós-graduação em Ecologia e Gestão Ambiental oferecida pelo Centro Universitário de Caratinga (UNEC) tem se destacado pela ampla abordagem de conteúdos variados. Dentre os módulos, segundo explica o professor Kléber Ramon Rodrigues, vale enfatizar o de Gestão e Manejo de Unidades de Conservação, que trata da importância das unidades de conservação para a preservação e conservação dos recursos naturais. “Além de abordar a questão do gerenciamento e manejo dessas unidades”, chama a atenção.
O professor descreve que as UC’s têm a função de proteger habitats e ecossistemas do território nacional e os seus recursos hídricos, preservando o patrimônio biológico existente. “Elas garantem às populações tradicionais o uso sustentável dos recursos naturais de forma racional e ainda propiciam às comunidades do entorno o desenvolvimento de atividades econômicas sustentáveis”, ressalta.
Uma Unidade de Conservação (UC) é a denominação dada pelo Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC), conforme a Lei nº 9.985, de 18 de julho de 2000, às áreas naturais passíveis de proteção por suas características especiais.
As UC´s da esfera federal do governo são administradas pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Na esfera estadual a competência é do IEF (Instituto Estadual de Florestas) e no âmbito municipal por meio dos Sistemas Estaduais e Municipais de Unidades de Conservação.
“As Unidades de Conservação são divididas em categorias, como Parque nacional, Estação Biológica, Monumento Natural, Área de Proteção Ambiental (APA), Refúgio da vida silvestre, Área de Relevante Interesse Ecológico, Reserva Particular do Patrimônio Natural (RPPN)”, detalha o professor.
Para que o módulo tivesse maior eficiência educacional os alunos do curso participaram de aulas de campo na região do Carste Lagoa Santa. O roteiro incluiu visitação às Unidades de Conservação, como ao Monumento Natural Gruta Rei do Mato, em Sete Lagoas, a uma Área de Preservação Ambiental (APA) de Santa Helena, também no município de Sete Lagoas, e ao Parque Nacional da Serra do Cipó.
“Durante as visitas aconteceram explicações didáticas e aulas práticas, foi possível visualizar a realidade de algumas questões que foram levantadas em sala de aula. Além destes locais, visitamos regiões do Bioma Cerrado e estudamos as fitofisionomias”, completa Kléber.
Os alunos também foram levados aos Campos Rupestres, um refúgio ecológico predominante na Serra do Cipó, local com afloramentos rochosos (quartzito). “Foram ensinados a relação dos tipos de solo, rochas e minerais como os tipos de vegetação e percebemos a interligação de todos estes fatores”, disse o professor.
O principal objetivo deste módulo, ainda conforme o professor, foi aplicar os conhecimentos adquiridos em sala de aula e discutir os levantamentos realizados para a criação de uma UC, a importância do conselho gestor para uma Unidade de Conservação e melhores conhecimentos práticos sobre pedogeomorfologia (geologia, solos e relevo) da área.
