PONTE NOVA – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da Promotoria de Justiça de Combate ao Crime Organizado de Ponte Nova, ofereceu denúncia contra 15 integrantes de organização criminosa alvo da Operação Guilhotina, deflagrada em agosto, em parceria com a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG). O MPMG pediu, ainda, o bloqueio de bens e valores relacionados às atividades ilícitas investigadas.
De acordo com o MPMG, o objetivo é evitar a reinserção de capital criminoso na economia formal e assegurar a reparação dos danos causados à coletividade. As investigações identificaram a existência de uma organização criminosa voltada ao tráfico de drogas em larga escala e à lavagem de capitais. O grupo se mostrou estruturado de forma hierárquica, com uso de violência extrema (inclusive homicídios qualificados) e monitoramento de autoridades públicas. Os criminosos visavam garantir o domínio territorial e intimidar testemunhas.
No curso das apurações, os investigadores colheram elementos que apontam a aquisição de drogas em outros estados para posterior distribuição a traficantes locais. A organização também usava contas bancárias de terceiros e bens registrados em nome de “laranjas” para dissimular a origem ilícita do dinheiro movimentado.
A operação resultou na apreensão de drogas, armas de fogo, munições, veículos de luxo, valores em espécie e aparelhos celulares, que reforçam a atuação organizada do grupo.
Com a denúncia, o MPMG busca reforçar a união das forças de segurança do estado no enfrentamento às facções criminosas que tentam se instalar no interior. O objetivo é desarticular estruturas ilegais, proteger a sociedade e garantir a aplicação da lei.