MP obtém condenação por racha que causou morte e feridos em São João do Oriente

INHAPIM – O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG), por meio da 2ª Promotoria de Justiça da Comarca de Inhapim, obteve a condenação de dois envolvidos em um racha ocorrido em 3 de dezembro de 2016, na rodovia AMG-900. A disputa ilegal de velocidade resultou na morte de Ericarla Kariny Gonçalves Pereira, de 17 anos, e em lesões corporais graves em um jovem de 22 anos.

Conforme o processo, os acusados deixaram um clube recreativo em Santa Maria do Baixio e, durante o retorno, iniciaram a disputa utilizando duas motocicletas. Ericarla estava na garupa de um dos veículos; no outro seguia a vítima que ficou gravemente ferida. A condução em alta velocidade levou à perda de controle e à colisão que encerrou a corrida ilegal de forma trágica.

Durante a instrução, diversas testemunhas — entre elas investigadores responsáveis pelo procedimento policial — confirmaram que ambos participavam do racha, afastando a versão inicial apresentada pelos envolvidos, que atribuíam o acidente à suposta interferência de um automóvel. Em juízo, um dos condenados confessou integralmente os fatos e admitiu ter inventado a história do veículo para tentar ocultar sua participação, já que pilotava sem habilitação.

Nas alegações finais, o Ministério Público destacou que o conjunto probatório demonstrou de forma inequívoca a participação consciente e voluntária dos envolvidos na disputa não autorizada, causa direta da morte e das lesões corporais graves.

A sentença, proferida pela 1ª Vara Criminal da Comarca de Inhapim, acolheu integralmente a tese ministerial. A magistrada ressaltou a gravidade das consequências, a imprudência extrema e o impacto irreparável causado à família de Ericarla, cuja mãe segue em tratamento médico devido ao abalo emocional.

Um dos condenados permanece preso desde abril deste ano, em razão de prisão preventiva decretada em outro processo. O outro poderá recorrer em liberdade, mas deverá ser detido assim que houver o trânsito em julgado da ação penal.

O Ministério Público reiterou seu compromisso com a proteção da vida, a segurança viária e a responsabilização de quem coloca a coletividade em risco ao desrespeitar as normas de trânsito.

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