Ministério Público leva a julgamento acusado de homicídio de médico em Inhapim

INHAPIM – O Tribunal do Júri da Comarca de Inhapim julgará, no dia 10 de novembro de 2025, o caso do homicídio do médico Paulo Francisco Corrêa de Barros, de 71 anos à época dos fatos, ocorrido em 27 de outubro de 2024, na zona rural de Inhapim. O réu, Kaue Ferreira da Silva, de 28 anos, será julgado pelo crime de homicídio qualificado, além de delitos conexos, podendo a pena ultrapassar 50 anos de reclusão.
O crime ocorreu no sítio do médico, localizado no Córrego Boa Sorte, e envolveu Kaue e sua companheira, Maria Eduarda Vitorino, de 19 anos. Segundo a denúncia do Ministério Público de Minas Gerais (2ª Promotoria de Justiça de Inhapim – promotor Jonas Junio Linhares Costa Monteiro), o casal agiu por motivo torpe, utilizando meios cruéis que dificultaram a defesa da vítima, como disparos de arma de fogo e golpes de facão.
Após o crime, os acusados teriam fraudado o local, desligando a energia elétrica para interromper gravações de câmeras de segurança, além de furtarem a arma da vítima, que portaram ilegalmente ao fugir. Maria Eduarda foi pronunciada pelos mesmos crimes, mas seu processo foi desmembrado e será julgado em data futura.
Prisão dos acusados
A prisão de Kaue e Maria Eduarda ocorreu em 13 de janeiro de 2025, no Rio de Janeiro, por agentes da Delegacia de Repressão às Ações Criminosas Organizadas (Draco) e da Subsecretaria de Inteligência (SSI), em cumprimento a mandados de prisão preventiva expedidos pela 1ª Vara Cível, Criminal e de Execuções Penais da Comarca de Inhapim.
O casal estava escondido em Campo Grande, na Zona Oeste da capital fluminense, e não resistiu à prisão. Eles foram levados para a Cidade da Polícia e permanecem à disposição da Justiça mineira.

O crime
O médico foi encontrado morto em sua propriedade no dia 28 de outubro de 2024, com sinais de violência, incluindo marcas de dois tiros e ferimentos na cabeça. A perícia confirmou que o assassinato ocorreu na manhã do dia anterior.
Segundo investigações, o crime teria sido motivado por uma desavença entre o médico e seu caseiro. Paulo teria se irritado com os serviços prestados por Kaue e, após discussão, foi surpreendido pelo acusado, que tomou sua arma e, com o auxílio da companheira, desferiu os golpes que resultaram na morte do idoso.
Kaue e Maria Eduarda foram indiciados por homicídio triplamente qualificado, fraude processual, furto qualificado e porte ilegal de arma de fogo. A sentença do júri de Inhapim poderá determinar penas de 12 a 30 anos de prisão pelo homicídio qualificado, além das penas pelos crimes conexos, com a possibilidade de cumprimento total superior a 50 anos.
O julgamento, marcado para segunda-feira, 10 de novembro, às 9h, será realizado no Fórum Anastácio Chaves, em Inhapim, e contará com a tramitação conduzida pelo Ministério Público de Minas Gerais.

 

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