Fotos de foragidos foram divulgadas
MIRADOURO – A Polícia Civil de Minas Gerais deflagrou, nas primeiras horas desta quinta-feira (6), a Operação Impacto, uma das maiores ações já realizadas na cidade, com o objetivo de combater o tráfico de drogas e a onda de violência que vinha assustando a população.
Foram cumpridos 25 mandados judiciais, sendo 11 de prisão preventiva e 14 de busca e apreensão domiciliar. A operação mobilizou cerca de 80 policiais civis, com o apoio de 23 viaturas, um helicóptero e o canil da corporação.
Sete pessoas foram presas, entre elas o líder da facção criminosa investigada, e quatro suspeitos seguem foragidos. Durante as diligências, os agentes apreenderam armas de fogo, munições e materiais ligados ao tráfico de drogas.
De acordo com a Polícia Civil, as investigações — que duraram cerca de seis meses — identificaram uma organização criminosa que espalhava o terror em Miradouro, impondo uma espécie de “tribunal do crime”, com registros de torturas e execuções de moradores.
O delegado Glaydson Ferreira, que coordenou a operação ao lado dos delegados Alessandro da Mata e Tayrony Espíndola, afirmou que o grupo buscava estabelecer um poder paralelo na cidade, utilizando extrema violência.
“Traficantes locais estavam tentando criar um poder semelhante ao tribunal do crime. Identificamos vídeos gravados pelos próprios criminosos mostrando agressões e torturas a moradores. Foi um trabalho de inteligência e monitoramento intenso para desarticular esse grupo e restabelecer a segurança na cidade”, explicou Glaydson.
Durante a operação, foram localizadas duas armas de fogo reais, um fuzil de airsoft adaptado para intimidar moradores e diversas munições. Segundo os investigadores, o uso de armas falsas semelhantes às reais é uma tática recorrente entre traficantes para amedrontar a população e rivais.
O delegado Tayrony Espíndola destacou a importância do trabalho conjunto entre as delegacias de Miradouro e Muriaé: “Muito do que acontece em Miradouro tem influência direta de criminosos da região de Muriaé. Por isso, o trabalho integrado de inteligência foi essencial para chegar aos envolvidos e interromper essa onda de violência”, afirmou.
Os presos foram levados para a Delegacia de Homicídios em Muriaé, onde prestam depoimento e permanecem à disposição da Justiça.
A Operação Impacto segue em andamento, e novas prisões podem ocorrer nas próximas horas. A Polícia Civil também divulgou a lista dos quatro foragidos que são alvos da investigação.
Fonte: Rádio Muriaé.















