O Ministério Público do Estado de Minas Gerais, por meio da 2ª Promotoria de Justiça de Inhapim, tornou pública, nesta segunda-feira (7/7), a prisão de um homem de 29 anos, investigado por tentativa de feminicídio qualificado. A ação, solicitada pelo Ministério Público e representada pela Polícia Civil, sob responsabilidade do delegado Guilherme Lincoln Rocha Pereira, resultou na detenção do suspeito, que é acusado de agredir de forma extremamente violenta sua companheira de 24 anos.
O crime ocorreu no dia 24 de abril deste ano, no município de São João do Oriente, e teria sido motivado por ciúmes, após a vítima expressar o desejo de encerrar o relacionamento, marcado por histórico de violência doméstica. Durante o ataque, o homem utilizou um pedaço de madeira, golpeando a jovem principalmente na região da cabeça e do rosto, causando lesões graves e colocando sua vida em risco.
Além das acusações de tentativa de feminicídio, o investigado também responderá pelo crime de coação no curso do processo, conforme previsto no artigo 344 do Código Penal. Isso porque, durante a ocorrência, o agressor ameaçou a irmã da vítima, que tentava prestar socorro, afirmando que a mataria caso denunciasse o crime à polícia. Logo após o ataque, o suspeito fugiu do local levando consigo a filha do casal, uma criança de apenas dois anos, o que agravou ainda mais a situação e mobilizou forças de segurança em uma busca que se estendeu por semanas. A prisão foi considerada um avanço importante no enfrentamento à violência contra a mulher e representa um compromisso das autoridades com a integridade física e emocional das vítimas, especialmente em contextos de vulnerabilidade doméstica.
O promotor de Justiça Jonas Junio Linhares Costa Monteiro destacou que o caso evidencia a urgência de ações firmes por parte do Estado para coibir comportamentos violentos e proteger mulheres ameaçadas por companheiros. Ele ressaltou que o Ministério Público continuará atuando com rigor na apuração de crimes dessa natureza, especialmente aqueles que envolvem características qualificadoras, como motivo torpe, crueldade, e uso de meios que dificultam a defesa da vítima.