(Noé Neto)
Em todas as cidades brasileiras, infelizmente, são comuns as reclamações ou reivindicações do povo por melhorias, afinal somos um povo carentes de saúde, educação, assistência social e obras.
Em nossa querida Caratinga não é diferente, sempre fomos e infelizmente seremos por um bom tempo, reféns de nossas necessidades e carentes de muita coisa. Quando digo que permaneceremos sendo, não é por ser pessimista, mas por ter consciência de que problemas estendido por tantos anos não se resolvem na noite para o dia.
Os problemas que assolam a comunidade caratinguense nos últimos tempos não são poucos, a saúde comprometida, a educação com problemas estruturais e o enorme aumento de moradores de rua, são temas que já foram expressivamente discutidos nesta coluna. O debate de hoje trata da falta de pavimentação ou manutenção da pavimentação das vias urbanas de nossa cidade.
Como morador de Caratinga há 33 anos e conhecendo bem todos os bairros desta cidade, confesso que há muito não via tantos buracos pelas ruas da cidade. Infelizmente, estamos assistindo o nascimento de pequenas fendas, que aos poucos se transformam em buracos medianos, que rapidamente se ligam a novos buracos e vão se tornando grandes problemas.
Vou destacar aqui apenas um exemplo, mas poderia relatar diversas ruas, travessas, avenidas e vilas que passam pela mesma situação, pois esse problema não é exclusivo de uma comunidade em específico.
Todos nós, moradores ou não do bairro Esplanada, sabemos que a rua Manoel Gonçalves de Castro, antiga rua da Piedade, é a principal via de acesso àquele bairro. Nela estão localizados os principais comércios, a igreja matriz de Nossa Senhora do Carmo, a igreja Maranata, bem como outras igrejas evangélicas, além de ser a via o caminho para as crianças chegarem à escola, pois ali estão localizadas a E.E. Moacir de Matos, a E.E. Dom Carloto e o CEIM Nossa Senhora do Carmo.
Mesmo com tamanha importância, quase não existe pavimentação em certos trechos desta rua. Os buracos são tantos e tão grandes, que os motoristas dificilmente conseguem desviar, acabam escolhendo em qual cair para que os danos causados aos veículos sejam menores. Os ciclistas e motociclistas estão totalmente expostos e frequentemente buscam as margens das calçadas (que também são problemáticas) para desviar dos buracos, colocando assim em risco a si e aos pedestres. Tudo isso, em uma rua com grande fluxo de caminhões e ônibus.
Não aqui atribuindo culpa a esta ou aquela administração, pois sabemos que o problema não é de agora. Desejo é expor para as autoridades atuais que providências precisam ser tomadas, pois estamos chegando ao fundo do buraco, digo, dos buracos.
Alguns dirão que não é fácil fazer operação “tapa buraco”, recapeamento de vias e outras obras deste tipo no período chuvoso, mas eu direi que é mais difícil ainda conviver com tantos riscos diariamente, afinal estamos tratando de vidas e elas não tem preço. Quem vai pagar o conserto do veículo que ficou quebrado? Não é difícil responder. Quem vai socorrer o atropelado? Sem socorro não ficará. E quando acontecer algo mais grave ceifando alguma vida? Isso ninguém pagará e nada apagará.
O meu clamor de piedade não é só meu, é o pedido de muitos, ele é endereçado aos responsáveis pelo nosso município (prefeito, vereadores, chefes do departamento de obras), para que olhem esta situação tão urgente e tomem as providências necessárias nos tirando pelo menos desses buracos.
Prof. Msc Noé Comemorável.
Escola “Prof. Jairo Grossi”
Centro Universitário de Caratinga – UNEC
Escola Estadual Princesa Isabel